Sobre fins e começos
Durante a semana nenhum outro assunto atingiu maior alcance, diferentes opiniões e comoção nacional que a separação de Willian Bonner e Fátima Bernardes. A atual situação política do país sequer foi mencionada em muitos programas de TV e revistas, já a vida dos apresentadores ganhou tardes de especulação e achismos.
Ademais nossa rara vocação para discutir política e não politicagem, o rompimento do ex-casal global merece uma importante reflexão, a qual serve de alerta inclusive para as personagens dos clássicos: “felizes para sempre”? e o resto da história? Até a relação que aparenta ser a mais sublime tem, acima de quaisquer convenções, conflitos. Pois somos seres diferentes, cada qual defende sua verdade e, assim, nos equilibramos entre defeitos e predicados, buscando encontrar um lugar recíproco, uma ponte, uma parceria. Esta conexão dispensa receitas, as uniões representam laços os quais vão se firmando naturalmente no detalhe, na peculiaridade. E que este contato não se confunda com os tantos vínculos de fachada, acordos sociais cuja evidente incompatibilidade é maquiada com presentes caros e declarações esdrúxulas.
Cá entre nós, não há mal nenhum decidir pelo fim depois de anos de casado. Aliás, o casamento deve perdurar enquanto existir vida. Então, qual o sentido de mortificar nossa existência se o amor fugiu, o tesão acabou e dormir na mesma cama chega a ser um sacrifício? Separações acontecem, engano de alguns defini-las como fraqueza, muito pelo contrário, quando ocorre de um modo consciente simbolizam integridade e coragem.
Willian Bonner e Fátima Bernardes apresentaram uma excelente notícia: os casais perfeitos, definitivamente, não existem. Existem casais e caso o fim seja a única saída, nele reside um belo (re)começo.
Abraão Vitoriano
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