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Radomécio Leite

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Sofia

11/05/2008 às 00h14

Nasceu, na cidade de Recife, no dia cinco, do mês cinco, às cinco horas da manhã, a minha primeira neta, filha de José Antonio Filho e Érica. Será registrada e batizada com o nome de Sofia, que em grego significa sabedoria. Esta passa a ser a quarta mulher de minha vida: minha mãe, Leopoldina, minha esposa Antonieta, que tem nome de rainha e minha única filha Letícia, que em latim significa alegria e agora Sofia.

Eu e Antonieta temos recebido muitos parabéns, sempre acompanhados de uma observação: vocês agora vão saber o quanto é ser bom ser avós.

Minha mãe, do alto de sua experiência e grande observadora, sempre enfatizou a relação de seu marido Arcanjo com os netos: nunca vi este homem colocar no colo nenhum dos filhos e agora vejo os netos fazendo dele “gato e sapato” e pude presenciar a alegria de meus pais sempre que mais um neto nascia: era a ampliação da família, a continuidade do nome. Até esta data são trinta, com promessas de mais outros.

Eu tive a felicidade de ter sido criado por duas mulheres: minha mãe e minha vó paterna Bilinha (Isabel), que morava na casa de meus pais. Dela tenho gratas e felizes lembranças: foi vó Bilinha que me ensinou a rezar e me salvou de muitas cipoadas de minha mãe porque era ela o meu escudo, já que me protegia “debaixo de sua grande saia”.

Meus irmãos Sales, Lúcia, Linda e Francineide já têm netos. Mas a que me chama mais a atenção é Lúcia com a "paparicação" com suas duas netas e um neto. Basta um deles piscar um olho ou andar de um jeito diferente que se transforma na coisa mais bonita e inteligente do mundo e gasta logo os créditos de seu celular telefonando para os outros filhos e amigos para contar a novidade. Não dar nem para explicar. Eu fico me perguntando: será que eu vou ser do mesmo jeito?

Nós avós somos colocados num patamar de pessoas que têm mais experiência e que pela vivência e tranqüilidade ajudam a educar. A figura do neto simboliza a continuidade, uma outra etapa da vida que começamos a trilhar com a ampliação da família.

Tenho muitos amigos, da minha geração, tão ocupados quanto eu e que falam dos netos com tanta água na boca, que fico impressionado. Eles afirmam que netos é alegria, um orgulho, um renascer e podem ficar horas e horas contando as peraltices deles como se fossem os fatos mais bonitos que já presenciaram em suas vidas e proclamam: eu não sabia que ia amar tanto meus netos. É uma outra etapa da vida que você começa experimentar novos sabores. Diz um deles: é muito gostoso ser avô.

Parece que estou me acostumando com a idéia de ser avô. E já começo a detonar algumas perguntas: qual a cor dos olhos? O cabelo é pretinho como o de Letícia, qual o tamanho, as pernas são grossas, o nariz é afilado? No inconsciente o avô já está pensando e querendo que sua neta seja uma miss, uma rainha.

Desde o nascimento de Sofia não se conversa outro assunto no ambiente familiar: todos querem saber sobre tudo, dos mínimos detalhes desde o nascimento e até se a recém nascida já deu seu primeiro sorriso.

Ao começar escrever estas linhas dedicadas a Sofia estou começando a me convencer que ser avô é uma glória e uma verdadeira oficina de felicidade.

O que deve fazer um avô neste instante? É desejar muitas felicidades a sua netinha e que ela possa viver um mundo melhor e com sabedoria vencer todos os obstáculos que encontrar na sua caminhada, que possa abrigar Deus em seu coração e que tenha como orientação de vida amar o próximo, cultivar a mais nobre e sublime virtude que é gratidão, amar e respeitar os seus pais.

Que Sofia seja patrocinadora da nossa alegria, da nossa felicidade e encantamento. Seja bem-vinda!


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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