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Radomécio Leite

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Um lugar no céu

07/02/2008 às 16h09

A família de Seu Joca e Dona Francisquinha ficou menor neste último dia 27. Francisca Ilzeni foi se encontrar com seus pais no céu e para o colo da mãe. Eram dezesseis filhos, agora são quinze. Eram quatro com o nome de Francisca, restam três.

No tradicional casarão da Rua Coronel Juvêncio Carneiro, palco de belas festas, de célebres comemorações, a exemplo dos cem anos de nascimento da matriarca da família, Ilzeni viveu grande parte dos seus 70 anos de idade. Era a única residente. Do seu nascimento até a sua última caminhada sempre precisou da ajuda de uma pessoa. Nasceu e sempre viveu como uma criança.

Ilzeni era para os seus 15 irmãos um símbolo, uma áurea, um acróstico de luz, uma constelação de amor. Todos tinham uma dedicação e um zelo fora do comum por ela e o único meio de comunicação entre os irmãos era pelo coração, pelo sentimento de amor fraternal.

Ilzeni representava para a sua família ternura, caminhos de luz e de paz, muito embora no seu próprio mundo, pudesse existir escuridão e solidão onde se desenrolava a sua história de vida.

Quantas vezes não a vi em sua caminhada diária pelas calçadas da Praça Cardeal Arcoverde, cujas expressões eram de encantamento e os sons que ecoavam de sua boca transmitiam prazer e felicidade, sempre acompanhada pelas suas fiéis e zelosas amigas Luizinha enfermeira e Marilza Andrade.

Dona Nonata, tinha um projeto de ir morar na capital do estado, mas nunca teve coragem de se separar de sua vizinha e irmã Ilzeni. Era como se fosse seu anjo da guarda, principalmente depois do falecimento de Dona Francisquinha, transformou-seem amparo e guarida, zelo e dedicação até a derradeira hora. Foram setenta anos vividos e não deve ter sido uma tarefa fácil de ser realizada e viver todo este tempo só se for associado a muita dedicação, zelo, carinho e amor.

Hoje Ilzeni circula no céu, nos vagões do veículo do além, acompanhada de seus pais, onde não existem diferenças físicas nem mentais, onde todos são iguais e amparados sob o manto da divindade. Agora sim, Ilzeni vai poder zelar e amparar a família, porque morreu como um anjo e os anjos são “criaturas” com muito privilégio no reino dos céus.
O casarão da Juvêncio Carneiro está fechado. Somente será reaberto para os reencontros da família. O último adeus, o último abraço, o último olhar e a despedida a Ilzeni fecham um circulo na história da casa de Seu Joca.
Entre os quinze irmãos de Ilzeni, fica a saudade e as lágrimas do tempo haverão de regar as boas lembranças que a mesma os proporcionou.
Quando a família for identificar a sua nova morada, na lápide poderá perpetuar: aqui jaz um anjo, que está num bom lugar no céu.

Valderi Claudino
Foi um alegre e feliz reencontro que tive com o médico, o político e o empresário Valderi Claudino. Muito embora venha exercendo a medicina só para a família, continua atualizado com a revolução e os avanços de sua profissão.É sempre muito saudável reencontra-lo. Conversa boa e inteligente e tem dedicado o seu tempo para ler, viajar e realizar negócios. As suas lojas estão sendo administradas pelas filhas. Confidenciou-me, que em breve, deverá ampliar os seus negócios em Cajazeiras. Amigos íntimos dizem que ele tem um sonho: o de ser prefeito de sua querida Uiraúna. Ele que já foi prefeito de Ubiratan, no Paraná, tem no sangue o “vírus da política”.

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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