VAR: entre o chato e o justo

Coluna de Reudesman Lopes

Por Reudesman Lopes

Para ajudar ao árbitro central a Federação Internacional de Futebol (FIFA) implantou um sistema eletrônico de apoio à arbitragem conhecida pela sigla em inglês VAR que significa Vídeo Assistente Referee, ou Árbitro Assistente de Vídeo, na tradução para o português.

Sua função é analisar imagens de vídeo para ajudar o árbitro central, no campo de jogo, a tomar decisões em lances considerados duvidosos, como pênaltis ou impedimentos. Pois bem, essa nova tecnologia logo chegou ao Brasil e começou a ser adotada, por ter um custo muito elevado, o início pelos campos do país começaram de forma lenta, mas, agora já o temos inclusive no Campeonato Brasileiro da Série B. Mas, aquilo que veio para melhorar a arbitragem aqui no Brasil, aos poucos vai se tornando polêmica a partir da transferência para ela quando dos lances interpretativos de uma partida e a coisa está ficando uma chatice, toda hora os nossos árbitros estão parando o jogo e esperando que o VAR assuma a responsabilidade.

Tem mais chato que se está assistindo uma partida e esperar um tempão com a bola parada? Pois é assim que os nossos jogos, seja os de Série A ou B estão se transformando. Jogos chatos de se ver e arbitragens a espera de uma resposta do VAR. Se a bola entra no gol lá vai muitos minutos até que ele seja validado ou não, é uma tal de linha pra cá, linha pra lá que não tem fim. Confesso, que como eu estou me sentindo chateado de ver todos os jogos tudo isso acontecer, muitos, muitos amantes do futebol, também deverão estar sentindo o mesmo.

Sabe onde isso vai nos levar se o comando da arbitragem não resolver esse grave problema? Vai levar a queda de público dos estádios e na tv. Sabedor disso, a CBF e o comando central da arbitragem já começa a entender a gravidade que chegamos e começaram a mexer com os nossos árbitros iniciando um processo de qualificação, de uma escola, agora dentro do campo de jogo. Uma solução? Isso ainda é cedo para avaliar, mas, pelo menos, estão tentando mudar a situação crítica de incompetência em que se meteu a arbitragem brasileira.

Vamos acreditar, torcer, para que Seneme, o comandante da arbitragem no país possa colocar um basta nisso, acabar sei, não será tão fácil, mas, pelo menos minimizar já seria uma passo importantíssimo para que voltemos a ter um futebol como sempre gostamos de vê-lo em campo. Se o VAR é chato, e é muito, pelo menos se mostra justo na maioria das vezes que de forma competente é chamado. A esperança é que encontremos um caminho entre ser chato e ser justo.

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Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

Contato: [email protected]