Violência
Por José Ronildo – Com relação a violência no Rio de Janeiro, quando 35 ônibus foram incendiados após a morte de um miliciano durante uma operação da Polícia Militar e o assassinato de três médicos por traficantes, o presidente Lula afirmou que, enquanto for presidente, não vai assinar decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), e que não quer militares das Forças Armadas nas favelas “brigando com bandido”.
Ainda sobre o apoio federal no combate ao crime no Rio, Lula afirmou cada ente deve cumprir o seu papel. As Forças Armadas fiscalizando os portos e aeroportos, visando combater a entrada de drogas e armas e a Polícia Federal fazendo seu trabalho investigativo, inclusive, em conjunto com as forças de segurança do Rio, como Policia Militar e Polícia Civil.
Não vamos fazer nenhuma intervenção como já foi feita pouco tempo atrás, quando se gastou uma fortuna com o Exército no Rio de Janeiro e não resolveu nada.”
“Quando você faz uma intervenção abrupta, os bandidos tiram férias. Quando termina a intervenção, eles voltam. Então, não queremos isso”. O crime organizado vem ganhando musculatura em várias cidades, especialmente no Rio. Também sugiram os milicianos que disputam a ocupação de comunidades inteiras. Essa população é explorada de diversas maneiras, moradores e comerciantes.
O fato é que a população do Rio passou a ficar no meio de um fogo cruzado entre traficantes, milicianos e a própria polícia, que quando entra nas comunidades é recebida à bala. O poderio bélico dos criminosos chega a impressionar.
A impressão que se tem é que o Estado começa a perder essa guerra. O governo não sabe mais o que fazer, inclusive, prende grandes líderes do tráfico e das milícias, como Fernandinho Beira Mar e Marcola, mas outros surgem, e o problema só aumenta.
Em São Paulo, tem outro problema de difícil solução que alimenta o tráfico e aumenta a violência, especialmente furtos e assaltos, que é a cracolândia. Os assaltos estão sufocando a população que vê suas motos, carros e celulares tomados por quatro, cinco elementos, todos armados.
Além de tudo isso, ainda estamos observando o aumento da violência doméstica, especialmente feminicídios e os ataques às escolas. Na Paraíba, uma mulher tirou a vida da filha com um golpe de faca com raiva porque o marido saiu de casa.
Enquanto o ex-presidente Bolsonaro defendia que armar a população, facilitando o acesso às armas seria uma das soluções, o atual presidente pensa diferente e entende que muitas tragédias estão acontecendo justamente pela presença de uma arma em casa. Quem tem que enfrentar a bandidagem é o Estado e não a população, diz.
Dias atrás um policial militar estava em um bar, quando elementos chegaram armados e anunciaram o assalto. Ele sacou sua arma, matou um, entretanto, morreu.
Aguardando
A população de Cajazeiras aguarda o início das obras de retirada dos esgotos do Açude Grande – setor norte da cidade. O governo estadual recentemente anunciou a aprovação de um financiamento por parte de uma agência francesa de desenvolvimento para executar esses serviços tão aguardados, especialmente pelo Fórum Açude Grande.
O problema é que a população não acredita que essa ação tão importante para a despoluição do manancial saia realmente do papel. Após a retirada dos esgotos, segmentos que defendem o açude, a exemplo do Fórum Açude Grande, iriam lutar pela urbanização do seu entorno, com a construção de um parque linear, com arborização e espaços para prática da caminhada, além de se curtir a natureza, especialmente o seu belo pôr do sol, considerado como Cartão Postal. Meses atrás houve uma demarcação do entorno do açude para evitar a continuidade de construções irregulares nas suas margens.
Mulheres
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem sendo criticado, inclusive, pela ex-primeira dama Michelle Bolsonaro por ter, no início do governo, nomeado mulheres para ministérios e cargos importantes, objetivando passar uma imagem de que prestigiava as mulheres, e agora demiti-las, cedendo à pressão dos deputados do Centrão.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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