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Chuva rompe adutora e seis cidades do RN entram em colapso hídrico

'Danos irreparáveis', diz Caern sobre problema com Adutora Médio Oeste. Ao todo, 153 das 167 cidades potiguares ainda sofrem com a estiagem.

Por Priscila Belmont

27/03/2017 às 16h44

153 municípios estão em situação de emergência no RN (Foto: Canindé Soares)

Uma tubulação da Adutora Médio Oeste rompeu e deixou as cidades de Campo Grande, Janduís, Messias Targino, Patu, Paraú, Triunfo Potiguar sem o fornecimento de água. É o que diz a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). Com a entrada na lista de colapso as cidades estão com a emissão de contas suspensa.

“As fortes chuvas criaram correntezas que deslocaram a adutora, trazendo danos irreparáveis para os equipamentos”, afirmou a assessoria de imprensa da Caern.

A região onde é feita a captação da adutora Médio Oeste é de difícil acesso e fica próximo a uma região com muitas serras. A Caern avalia medidas para reparar o sistema, mas ainda não é possível prever o prazo de conserto.

Desde o segundo semestre do ano passado que as cidades abastecidas pela Adutora Médio Oeste estão em rodízio de abastecimento em função da redução do volume de água no Rio Piranhas/Açu.

R$ 4 bilhões de prejuízo

O Governo do Rio Grande do Norte decretou, por mais 180 dias, a situação de emergência em 153 municípios do estado – o equivalente a 91,6% das 167 cidades que compõem o território potiguar. O motivo? A pior seca da histórica do estado, que já causou prejuízo de R$ 4 bilhões. O decreto foi publicado na quinta-feira (23) no Diário Oficial do Estado (veja AQUI a íntegra do documento). Esta é a oitava vez seguida de decretação de emergência devido à estiagem.

Em dezembro, o G1 publicou matéria mostrando que a mais longa e severa estiagem da história do Rio Grande do Norte está fazendo o maior reservatório do estado – a barragem Armando Ribeiro Gonçalves – secar. A reportagem visitou sete cidades onde os canos estão secos ou há rodízio de água – em uma delas, até uma cidade submersa pela represa reapareceu. A seca afeta moradores, a produção agropecuária e até o PIB do estado.

G1

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