VÍDEO: Pneumologista paraibano alerta população sobre agravamento de sintomas das viroses no período de chuvas
Em entrevista a TV Diário do Sertão, Alexandre Araruna explicou que nesse período de chuvas as viroses são recorrentes, mas que agora estão se apresentando de forma diferente
O pneumologista paraibano Alexandre Araruna falou sobre as novas viroses que estão acometendo a população, explicou porque algumas pessoas estão apresentando sintomas mais fortes e alerta população para o uso de medicamentos sem indicação médica.
Em entrevista ao programa Diário News, da TV Diário do Sertão, o especialista explicou que nesse período de chuvas as viroses são recorrentes, mas que agora estão se apresentando de forma diferente.
“As gripes e resfriados nunca deixaram de existir. O que está acontecendo agora? talvez a mistura dos dois, só não tenho certeza de qual dos dois está predominando”, disse o médico.
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Ele conta que os sintomas da nova forma de apresentação do COVID é mais tranquila, em relação ao que era visto na época de pico, e que pode passar como resfriado ou gripe. As viroses estão acontecendo de forma mais forte e persistente e Alexandre Araruna explica que pode ser que uma mutação no vírus, que o deixa mais forte, ou a pessoa que contraiu esteja com o sistema imunológico mais fragilizado.
“Todo ano a gente passa os momentos das viroses gripe, resfriado e agora o conjunto da obra, o COVID. Todo ano vem ora mais fraca, ora mais forte; essa ideia de ser mais forte ou mais fraco não vem só da impressão popular, vem realmente porque o vírus é um mutante, ele pode começar mais bobinho e vai ganhando força”, falou.
Na questão do tratamento o pneumologista explica que o remédio para essas viroses é o repouso, medicamentos para tratar sintomas específicos e hidratação e que o uso de antibióticos são apenas para casos específicos.
“Virose não tem um remédio, em sua maioria das vezes, específico, ou seja, o tratamento clássico de uma gripe ou resfriado é o que nossas avós e mães já nos ensinaram: é água, é um suco, é o chá, o repouso, se eu tenho febre é remédio para febre, se eu tenho náuseas é remédio para náuseas, também a paciência que uma média de 5 a 7 dias a gente ficar livre dessa. Na maioria das vezes isso resolve. Em algumas poucas pessoas vão evoluir com uma secreção mais arrastada e aí neste momento, orientado pelo médico que vai avaliar, entender as condições e vai dizer se necessita [de antibióticos] porque na grande maioria das vezes, mesmo após aqueles 5, 7 dias de doença não vai ser preciso o antibiótico”, esclareceu.
“A diferença entre o remédio e o veneno é a dose e a indicação”, disse o médico alertando a população para procurar um médico antes de tomar qualquer tipo de medicação. Alexandre Araruna ensinou também o tratamento ideal para retirar o ‘catarro preso na garganta’, segundo ele, a hidratação é a melhor opção, tomar muita água e também fazer a lavagem das vias aéreas com soro fisiológico.
O especialista disse ainda que é possível que essas viroses evoluam para uma pneumonia, através de um vírus ou bactéria, e que ai será tratado com antibióticos receitados pelo médico. Ele alertou também para o uso de corticoides em casos de viroses e explica que a medicação não é utilizada para tratamento de gripe ou resfriado.
“Corticoide é um remédio sério. Para quem não sabe, pode induzir a diabetes, pode induzir a pressão alta, pode induzir a cegueira e várias complicações, mas há momentos que ele é extremamente importante para resolução da doença. Nós não fazemos corticoide para gripe, nem para resfriado, de forma algum”, ressaltou o especialista.
DIÁRIO DO SERTÃO
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