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VÍDEO: Empresário Luciano Xerox fala sobre sua trajetória e explica porque mudou o nome da empresa

Francisco Luciano de Oliveira, mais conhecido como Luciano Xerox, relembrou da infância, destacou a importância e o amor que tem pela família e se emocionou com homenagem surpresa

Por Priscila Tavares

08/05/2023 às 12h22

O Interview Personalidade recebeu o empresário Francisco Luciano de Oliveira, mais conhecido como Luciano Xerox, que falou sobre sua trajetória de vida, relembrou da infância, destacou a importância e o amor que tem pela família e explicou porque mudou o nome da empresa.

“Fazia 25 anos que a gente usava esse nome ‘Luciano Xerox’, eu estava com muita mídia na internet, site, instagram, facebook e para minha surpresa, num dia de domingo, no mês de junho de 2019, eu recebi um e-mail da Xerox internacional, direto dos Estados Unidos”, disse.

Ele explicou que no e-mail a empresa informava que ele não poderia mais usar o nome ‘Luciano Xerox’ com risco de pagar uma multa milionária. O empresário então mudou para ‘Luciano Copias e Papelaria’ e atualizou toda identidade visual da empresa, mas afirmou que apesar do nome ter mudado ele continua sendo ‘Luciano Xerox’.

“O forte não era xerox nem cópias, o forte hoje é meu nome e eu quero associar meu nome a minha marca. Eu continuo sendo Luciano Xerox, Luciano Cópias é a empresa”, destacou.

Luciano nasceu em Cajazeiras, mas morou até os 7 anos de idade no Sítio Caboclo, município de São José de Piranhas. Filho dos comerciantes Expedito Oliveira, já falecido, e de Maria Antônia de Jesus Oliveira, proprietária da Shallon Veste, ele relembrou de quando seus pais vieram morar na ‘terra do Padre Rolim’.

Luciano Oliveira, empresário (Foto: Reprodução/TVDS)

Família

Luciano vem de uma família de seis irmãos, onde a maioria seguiu o caminho empresarial, assim como os pais. Ele relembrou que na infância brincava com os irmãos, da ligação que tinha com os pais e falou dos momentos vividos na mercearia da família.

“Dia de sábado o pessoal vinha para a feira aqui e tinha que passar pela mercearia do meu pai lá no sítio Caboclo. O pessoal vinha para a feira, mas tinha que passar lá, tomar uma cachacinha, fazer uma feira também e, às vezes, ficava eu, Luciana e Vilma, que era da mesma idade, a gente fazia aqueles violãozinho de lata de doce e ia tocar, os clientes achavam bom”, relembrou.

Aos 15 anos Luciano perdeu o seu pai e contou, durante a entrevista, que ele havia sentindo uma dor muito forte que lhe causou paralisia, deixando-o sem andar. Expedito foi diagnosticado com mielite, fez tratamento, em João Pessoa, e até chegou a ser tratado em São Paulo, mas não resistiu.

“Muito difícil. O meu pai era cabeça de tudo e depois que ele faleceu ficou minha irmã mais velha tomando conta dos negócios, Fátima. Aí ela casou e ficou sendo eu com minha mãe”, disse.

Luciano é casado com Ana Beatriz há 25 anos, recordou como conheceu a esposa, falou sobre a conexão dos dois, da parceria e apontou o respeito como base para sustentar uma relação de tantos anos.

“Eu tenho uma conexão muito forte, é tanto que tudo na gente é combinado, é planejado. Tudo que a gente faz é em parceria. O que vale mais é o respeito, eu trabalho só com mulheres na loja, mas eu nunca dei motivo para ela ter ciúmes”, contou Luciano.

O empresário é pai de três filhos, Elvis Dias Oliveira, o mais velho, formado em medicina pela Faculdade Nova Esperança (Famene), na capital João pessoa, e dos gêmeos Melvin e Luma Clara, de 10 anos. Durante a entrevista Luciano foi surpreendido pela homenagem de amigos, esposa e filhos e não conseguiu segurar as lágrimas. Sua voz embargou ao relembrar a ida do filho mais velho para João Pessoa para estudar.

“Elvis desde os 7 anos de idade que ele dizia que queria ser médico. O momento mais difícil foi deixar ele lá [em João Pessoa], sozinho, aos 16 anos”, falou.

Luciano Oliveira e Caliel Conrado (Foto: Reprodução/TVDS)

A empresa

Luciano contou que quando vieram para Cajazeiras, o pai abriu um mercadinho ao qual ficou tomando conta após sua morte. O negócio com xerox só veio depois de um tempo em que o empresário pesquisou e viu que seria uma área na qual poderia investir.

“Quando o Detran veio eu fiz uma pesquisa: ‘vai precisar de xerox’, e a partir daí a gente começou a trabalhar com xerox e foi dando certo. Estava o mercadinho e xerox. Com um tempo eu fui investindo na xerox, que eu vi que estava dando certo, e com um tempo acabou o mercadinho”, explicou Luciano.

Ele contou que aprendeu a concertar as maquinas, pois a assistência demorava muito para fazer o serviço o que, segundo ele, não era bem visto passar tanto tempo com a máquina quebrada. Luciano explicou que sua empresa é composta por mulheres, mas que isso aconteceu de forma natural, que o público acabou adotando essa marca para empresa com uma forte presença feminina. Ele ainda destacou que não exige experiência para contratar alguém.

“Eu só quero seu currículo para saber onde você mora, seu contato, seu e-mail, sua rede social, porque eu gosto de implantar o modelo da gente. Se você disser que trabalhou 20 anos numa empresa fazendo xerox eu não contrato, porque vem cheio de vícios e eu gosto de implantar uma coisa que deu certo”, disse.

O empresário apontou a pandemia como o momento mais difícil para empresa, mas que mesmo assim não demitiu nenhum funcionário durante o período e que teve que se reinventar.

“Eu aproveitei para me reinventar com isso ai. Hoje a gente tem serviço do Detran, a gente faz a pré transferência, que hoje é tudo digital. A gente faz requerimento do INSS, cadastra quem não tem o cadastro do gov., fizemos muitas regularização do CPF, título eleitoral. A gente fazia tudo isso e eu fui pesquisando. A pandemia foi a coisa mais ruim que aconteceu, mas abriu muita oportunidade para quem quer empreender”, destacou Luciano.

DIÁRIO DO SERTÃO

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