header top bar

section content

VÍDEO: Radialista Márcia Rejane conta detalhes do início de sua carreira e revela que trabalhou como doméstica

Márcia falou sobre seu trabalho no rádio, relembrou momentos da infância e dos convites que recebeu para ir trabalhar fora

Por Priscila Tavares

11/08/2023 às 17h47 • atualizado em 12/08/2023 às 11h05

O programa Diário News, da TV Diário do Sertão, recebeu a radialista Márcia Rejane que contou detalhes da sua trajetória de vida, do seu trabalho no rádio, relembrou a infância e revelou que já trabalhou como doméstica na adolescência.

Natural de Cajazeiras, Márcia contou que viveu toda sua infância na zona rural. Filha de pais agricultores, ela relembrou os momentos difíceis de quando era criança. Explicou que o pai era alcóolatra, o que tornou a vida da família difícil por muitos anos.

“Meu pai passava muito tempo no sítio e parecia que não tinha família, deixava todo mundo aí ‘por Deus nos acuda’. A gente sofreu bastante com isso, passamos muita necessidade, foi muito difícil para gente. A gente sempre foi muito pobre, humilde, mas quando ele se envolveu com álcool ficou pior”, disse.

Radialista Márcia Rejane (Foto: TVDS)

Ela contou que vieram morar na zona urbana em “uma carroça com dois potes, as redes e uma penca de meninos”. Com uma vida muito difícil, a família tinha oito filhos, mas perdeu uma das irmãs para a desnutrição.

A radialista contou que a mãe e os sete irmãos foram embora para Brasília e falou das dificuldades enfrentadas na capital do país. Ela também morou em Recife, mas acabaram voltando para Cajazeiras.

Durante a entrevista, Márcia falou que já morou no bairro Vila Nova e que aos 15 anos começou a trabalhar como doméstica. “Estudava de manhã no Polivalente, arrumava a casa de um dentista a tarde. Eu comecei a trabalhar muito cedo”.

“Quando eu trabalhava em Recife eu tinha três sonhos: comprar uma bicicleta, um par de patins e um walkman [aparelho que tocava CD, febre nos anos 90]. Era o sonho de consumo na época e eu realizei esses três sonhos”, destacou.

Caliel Conrado e Márcia Rejane (Foto: TVDS)

Márcia contou que estreou no Campeonato Paraibano de 1998 como repórter de pista e disse que sempre recebeu elogios pela sua voz. Ela estava passeando de bicicleta pela rua quando foi convidada para um testes na Dom Bosco FM.

“Eu acabei indo fazer esse teste. Foi antes do Campeonato Paraibano de 98, no mesmo ano para formar equipe para fazer a transmissão. Eles davam os desafios para gente concluir, fui ficando entre as dez, entre as cinco e depois entre as três, aí eu disse ‘é aqui o meu lugar'”, pontuou.

“Quando acabou o Campeonato Paraibano os meninos começaram a criar um programa na rádio, mas aí acabou que não gerou, cada um foi para o seu lado e eu acabei assumindo programas musicais na rádio. Fui tomando gosto pela coisa e fui ficando, fiquei na rádio até ela fechar”, completou.

Márcia trabalhou em rádios como Independência FM, Patamuté FM e atualmente faz parte da equipe da Arapuã. Ela falou também, sobre os assédios vividos em um ambiente majoritariamente dominado por homens, que não foi fácil, mas conseguiu respeito através de muito trabalho.

Márcia Rejane (Foto: Divulgação/ Instagram)

Além de radialista, Márcia também atua como mestre de cerimônias. “As pessoas começaram a convidar para fazer as apresentações. Começou na FASP, Faculdade São Francisco, os convites, depois vieram outras instituições. Passei muitos anos no cerimonial da Santa Maria”, informou.

Ela falou também sobre seu relacionamento com o advogado Luciano, que estão juntos há mais de 20 anos e enfatizou a parceria dos dois.

“Sempre me apoia, como ele sabe que eu trabalho com rádio, com o público, ele sempre respeitou essa parte das pessoas chegarem em mim, me abraçar, conversar. Ele sempre entendeu, por exemplo, apresentar uma festa se ele não podia ir, não ia de boa. Confiança é tudo, respeito é tudo para uma relação”, disse a radialista.

Márcia Rejane e seu esposo Luciano (Foto: Divulgação/ Instagram)

Márcia é formanda em Direito, fez parte da turma pioneira do curso na Faculdade São Francisco e contou que sonha em fazer a prova da OAB e advogar um dia. Ela também contou sobre os convites que recebeu para ir para fora, mas que decidiu ficar na cidade de Cajazeiras.

“Já recebi convites para João Pessoa. Na época eu acho que faltou coragem. Vários convites para ir para fora, outras emissoras, o último que recebi foi para o Sistema Tambaú de Comunicação, para o SBT”.

Durante a entrevista, ela relembrou momentos e pessoas importantes na sua trajetória e em um jogo rápido de perguntas e respostas, Márcia falou da família, lembranças, religião, medos, arrependimentos e muito mais.

Acompanhe o trabalho da radialista pela sua conta no instagram, @marciarejaneoficial.

DIÁRIO DO SERTÃO

Recomendado pelo Google: