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VÍDEO: Na coluna Nerdopolítica, professor Anahuac Gil reflete sobre a tecnologia e o poder sobre a sociedade

Professor de Tecnologia da Informação, Anahuac disserta a respeito da "tecnologia utilizada para fazer com que o comportamento da sociedade como um todo se molde aos interesses do sistema"

Por Priscila Tavares

31/08/2023 às 18h10 • atualizado em 31/08/2023 às 18h12

Na coluna semanal Nerdopolítica, do programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, o professor Anahuac Gil abordou o tema ‘TI – Turbulências da Informação’ e falou sobre o poder da tecnologia dentro da sociedade. “Tecnologia é informação, informação é poder. Portanto, tecnologia é poder”, frisou o professor.

Segundo Anahuac, quem cria a tecnologia, domina quem não cria, seja vendendo o direito ao uso da mesma, seja pela força, graças ao diferencial que suas tecnologias lhes proporcionam.

Ele contou que foi usando tecnologia de ponta que algumas dezenas de espanhois chacinaram milhares de Aztecas na conquista do México e depois na conquista dos Andes ao matarem milhares de Incas no atual Perú; e também através da tecnologia que a OTAN desativou os mísseis Exocet vendidos à Argentina para impedir que eles explodissem contra a Inglaterra na Guerra das Malvinas em 1982.

Muito além da tecnologia militar estão as tecnologias de conhecimento que têm reflexo imediato na qualidade de vida de todos: agricultura, medicina, segurança, transportes, indústria, logística, educacional e até mesmo comportamental.

“Se parar para pensar, no Brasil nós não temos tecnologia automotiva, todas as nossas fábricas de automóveis pertencem a empresas estrangeiras. Mas a tecnologia que era utilizada para fazer produtos, mecanismos consumíveis, ela mudou. A tecnologia passou a ser um pouco mais sutil, que é a tecnologia social. A tecnologia utilizada para fazer com que o comportamento da sociedade como um todo se molde aos interesses do sistema, para isso são inventados alguns fantasmas”, afirmou.

Anahuaca pontua sobre a corrupção que, segundo ele, tem sido um desses ‘fantasmas’ largamente utilizados ao redor do mundo para justificar toda sorte de violências, desvios judiciais, acabar com reputações e até mesmo intervenções militares. Citando a Lava Jato como exemplo, o professor diz que com amplo apoio da mídia, de personalidades artísticas, acadêmicas e políticas, o consciente coletivo é complacente na caça a esse ‘fantasma’ e aceita a justificativa. O pacto social, onde todos deveriam ter seus direitos garantidos e preservados, é rompido.

“A Lava Jato cometeu uma série de ilegalidades, fez tabelinha com o Ministério Público, cometeu prisões ilegais, delações ilegais, cometeu uma série de equívocos e todo mundo foi aceitando. A instabilidade permanente permite que a gente seja controlado, permite que quando interessar, as intervenções possam acontecer, intervenções essas que têm o objetivo de garantir os ganhos daqueles que controlam o sistema”, acrescentou.

Mais detalhes sobre esse assunto também estão na coluna escrita de Anahuac Gil no portal Diário do Sertão. Clique aqui e leia o texto.

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