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VÍDEO: Advogado analisa guerra Israel-Irã e explica por que o Nordeste também sente os impactos

Ele destacou como a guerra entre as duas potências do Oriente Médio pode ter reflexos diretos na vida dos brasileiros — inclusive no interior nordestino

Por Luiz Adriano

16/06/2025 às 19h09

O advogado paraibano Renato Abrantes, colunista do Direto ao Ponto, no programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, trouxe em seu comentário desta segunda-feira (16), uma análise aprofundada sobre o conflito entre Israel e Irã. Ele destacou como a guerra entre as duas potências do Oriente Médio pode ter reflexos diretos na vida dos brasileiros — inclusive no Nordeste.

Abrantes lembrou que a rivalidade entre os dois países é antiga e remonta à Revolução Islâmica de 1979, quando o Irã se tornou uma república islâmica. Desde então, Israel passou a considerar o regime iraniano como uma ameaça existencial, e o Irã, por sua vez, trata Israel como inimigo a ser eliminado. “São duas potências militares da região com um histórico extremamente delicado”, pontuou o advogado.

O colunista comentou ainda sobre o episódio mais recente do confronto, iniciado com ataques israelenses a instalações nucleares iranianas, o que provocou uma escalada nas tensões e reações em cadeia na geopolítica internacional.

Reflexos no Brasil e no Nordeste

Contrariando a percepção comum de que o conflito está distante da realidade brasileira, Renato Abrantes alertou para os impactos diretos no cotidiano da população. Ele exemplificou com a disparada do preço do petróleo no mercado internacional, o que encarece os combustíveis e, em efeito cascata, afeta os preços de produtos básicos como arroz e feijão.

Além disso, o colunista chamou atenção para a relação comercial do Brasil com os dois países envolvidos no conflito. Segundo ele, o comércio exterior brasileiro pode ser prejudicado com o agravamento da guerra, uma vez que tanto Israel quanto Irã são destinos importantes para exportações brasileiras.

“Além dos combustíveis e além do desequilíbrio na balança comercial, o dólar fica mais caro e o dólar encarecendo tudo aqui também internamente fica caro, até porque diante da supervalorização do dólar, corremos o risco de ter o nosso real lá fora desvalorizado”, explicou.

Diplomacia e esperança

Renato Abrantes defendeu ainda que o Brasil deve manter sua postura tradicional de neutralidade e equilíbrio diplomático. “O país tem boas relações com Israel e também com o Irã. Essa neutralidade positiva pode habilitar o Brasil a atuar como mediador no conflito. Mas é preciso cautela, responsabilidade e sabedoria dos nossos diplomatas”, recomendou.

O advogado fez um apelo pela paz e pela empatia diante dos horrores causados pelas guerras: “A pior consequência da guerra é para a humanidade. A população civil, que não tem como se defender, é a que mais sofre — com a fome, as doenças, a miséria. Quem tem fé, que reze pelo fim da guerra. Quem tem fé na humanidade, que reze para que a humanidade consiga superar esse ciclo de dor e sofrimento”, finalizou.

Colunista – Renato Abrantes é Doutor em Direito Constitucional (UNIFOR); Mestre em Educação e Ensino (UECE); Especialista em Gestão Pública (UECE); em Direito e Processo Constitucionais (UNICATÓLICA) e Direito Processual Canônico (UCP). Graduado em Filosofia (FAFIC); Teologia (UNICATÓLICA) e Direito (UNICATÓLICA). Professor e Coordenador de Pós-Graduação e Pesquisa da Faculdade Católica de Fortaleza.

O jurista foi professor e Coordenador do Curso de Bacharelado em Direito do Centro Universitário Fanor Wyden (UNIFANOR Wyden). Foi Vice-Reitor do Centro Universitário Católica de Quixadá (UNICATÓLICA) e Juiz Eclesiástico no Tribunal Eclesiástico do Ceará.

Dr. Renato é Membro da Comissão de Educação Jurídica da OAB/CE; Membro da Sociedade Brasileira de Canonistas (SBC); Avaliador ad hoc do INEP/MEC; e sócio-proprietário de Renato Abrantes Advocacia, com sede em Fortaleza/CE e atuação em todo o Brasil.

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