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População faz ‘Força Tarefa’ para salvar prédio público abandonado em São João do Rio do Peixe, mas é barrada pela burocracia

A reportagem também tentou o ouvir a Procuradoria do município, através da advogada Paloma Breckenfeld, porém sem êxito.

Por Diário do Sertão

21/02/2017 às 12h02 • atualizado em 21/02/2017 às 17h49

Sociedade iniciou uma campanha para salvar o prédio da estação de São João

A comissão formada por moradores de São João do Rio do Peixe, no Sertão da Paraíba está encontrando entraves burocráticos para iniciar a revitalização do bem público que se encontra abandonado pelos órgãos federais.

+ CAINDO: Sociedade se une e inicia campanha para salvar prédio histórico de São João do Rio do Peixe

A Estação Ferroviária de São João do Rio do Peixe foi inaugurada em 1923, dali também saíam os trens para o ramal de Cajazeiras, mas depois da desativação da linha férrea, o prédio ficou fechado e está em situação de total abandono.

A campanha “Salve a Estação” foi iniciada no ano passado, mas para iniciar a revitalização do prédio, mas é necessária a liberação da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), que é um órgão que administra os bens de propriedade da União.

Outra questão é a aprovação por parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), do projeto encaminhado pela comissão para início das obras, uma vez que o prédio é tombado por este órgão de proteção federal.

Segundo Wlisses Estrela, que está a frente da comissão, a SPU alega que o prédio não está sob sua responsabilidade, mas sim do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que para autorizar o início da obra, o departamento teria que ceder o prédio a prefeitura de São João do Rio do Peixe.

A redação do Diário do Sertão entrou em contato com a SPU nessa segunda-feira (20), e o funcionário Felipe Fagundes explicou que a cessão do prédio deve ser feita pelo DNIT ao município.

DNIT
A redação, a superintendência do DNIT na Paraíba, através do servidor Leandro Gomes explicou que após a extinção da antiga REFESA, os bens foram passados para a SPU e depois foi passado para o DNIT, mas esse processo é controlado pela Diretoria de Infraestrutura Ferroviária, em Brasília. “O inventário desses bens de malha ferroviária é a diretoria. As superintendências não estão tratando desses casos”, disse Leandro

Município
A reportagem também tentou o ouvir a Procuradoria do município, através da advogada Paloma Breckenfeld, porém sem êxito, entretanto deixamos o espaço aberto para qualquer esclarecimento sobre o caso

Situação
* O projeto das esquadrias devidamente elaborado pelo técnico Antônio Henrique e arquiteto Johnyston Abrantes já foi encaminhado para análise do arquiteto Raglan Gondim (IPHAN/PB)
* Algumas esquadrias já estão prontas (portões e janelas) faltando somente duas portas e bandeiras (parte superior das janelas e de uma porta).
* Assim que o projeto for aprovado daremos início a colocação das esquadrias e partiremos para a reforma do teto.
* O dinheiro em conta (29 mil reais) será aplicado nestes trabalhos, julgo que não dará para a parte de pintura e teremos que realizar novas ações de arrecadação para continuar os trabalhos.
* A procuradoria do município através da advogada Paloma Breckenfeld está trabalhando para conseguir a cessão do prédio junto ao DNIT, uma vez que só se tem a guarda provisória do mesmo.

Ajude
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A linha
O ramal da Paraíba foi aberto ao tráfego entre 1923 e 1926, partindo da estação de Arrojado, na linha da antiga E. F. Baturité, construída em 1922 especialmente para dar partida para os trens do ramal. Entrava pela Paraíba e parava na cidade de Souza. Nesta cidade, a partir de 1933, encontrou-se também a linha Mossoró-Souza, vinda do Rio Grande do Norte. O ramal da Paraíba ainda foi prolongado até Patos, em 1944, e em 1958, com a união desta cidade com Campina Grande, foi definitivamente incorporado pela Rede Ferroviária do Nordeste, completando a ligação do Ceará com o resto do Brasil, via Paraíba e Pernambuco.

DIÁRIO DO SERTÃO

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