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Cajazeiras recebe formação de professores sobre Educação Emocional e Social

Educadores e gestores escolares do município participaram da formação, que usa a Metodologia Liga Pela Paz.

Por Priscila Belmont

05/04/2017 às 16h48

9ª Gerência Regional de Educação em Cajazeiras

A cidade de Cajazeiras, Sertão paraibano e sede da 9ª Gerência Regional de Educação (GRE), recebeu a formação em Educação Emocional e Social, uma iniciativa da Secretaria de Estado da Educação (SEE) em parceria com a organização Inteligência Relacional. Educadores e gestores escolares do município participaram da formação, que usa a Metodologia Liga Pela Paz.

A capacitação aconteceu na última segunda-feira (3) e os profissionais foram unânimes ao afirmarem que o aprendizado emocional vai proporcionar importantes avanços na redução da violência, melhoria da aprendizagem e relações harmoniosas.

As primeiras mudanças são sentidas pelo próprio corpo docente, que percebe a necessidade de transformar atitudes com maior aproximação, comunicação não violenta e relação harmoniosa entre os estudantes. Eles ressaltaram, ainda, conhecimento mais aprofundado de seus sentimentos e da comunidade escolar.

“As mudanças de percepção do outro e das emoções fortalecem nosso trabalho como educadores. Muitos alunos estão à margem da cidadania, suscetíveis ao envolvimento com drogas e outros tipos de violência. A Liga Pela Paz possibilita maior aproximação, diálogo, acolhida humanizada, e não percebemos o educando como mera máquina”, analisa Joaquim Aurélio, que trabalhou com o Pró-Jovem Urbano, programa voltado para jovens do sistema prisional, e coordenará o “Se Sabe de Repente”, de Cachoeira dos Índios, município da 9ª GRE.

Ele acrescenta que o aprendizado emocional do jovem o tornará consciente para lidar consigo mesmo e com o outro, em situações do dia a dia, inclusive na prevenção às drogas, hoje um dos problemas mais gritantes presente nas escolas.

Combate à evasão escolar e educação integral – O alto índice de evasão escolar é lembrado pela Líder de Conteúdo Pedagógico da Inteligência Relacional, Maria Tereza de França Souza, quando os jovens aparecem como destaque da formação deste ano, que beneficia alunos das últimas séries do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio. “Essa ampliação da educação emocional na Paraíba manifesta a preocupação do Governo do Estado em oferecer algo que vai além do ensino cognitivo. Mostra que há uma compreensão da educação integral, do ser humano como um todo”, enfatiza Tereza.

Crysmênia Rodrigues da Costa, coordenadora da Liga Pela Paz na 9ª GRE, destaca os avanços na educação pública estadual a partir desta iniciativa. Ela afirma que a Educação Emocional e Social tem possibilitado melhoria do convívio dos alunos com seus pais e destes com a escola, resultando em crianças menos violentas que expressam melhor suas emoções. “Estes professores capacitados ajudam os educandos a enxergarem os conflitos na escola, no lar ou na sociedade, com olhar diferente, compreendendo seus sentimentos”, enfatiza.

Em relação a alunos usuários de drogas, que vêm recebendo atenção da SEE, por meio de vários projetos que visam resgatá-los desse problema social, oferecendo-lhes cidadania, Crysmênia ressalta que os educadores, com essa formação, passam a trabalhar a questão das drogas, do bullying com maior sensibilidade, contribuindo para que o aluno perceba e reaja positivamente diante dessas circunstâncias.

O educador do 8º e 9º ano da EEEF Ernani Sátiro, de Uiraúna, Francisco Gomes, ex-coordenador do programa Primeiros Saberes da infância (PSI), diz que essa ampliação do acesso à Educação Emocional e Social na Paraíba representa anseios, desejos da gestão atual, oferecendo um tratamento especial ao aluno, em que serão trabalhadas suas emoções e razões, na perspectiva filosófica de grandes pensadores, a exemplo do francês Edgar Morin, referência da Metodologia Liga Pela Paz.

“A formação em Educação Emocional e Social nos deixa não apenas lisonjeados, mas no caminho da preparação, de orientação da futura geração. É mais que urgente, é crucial trabalharmos este conteúdo com os nossos discentes”, exalta o educador.

Secom

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