header top bar

section content

VÍDEO: Agressão a influencer gay mostra a realidade homofóbica de Cajazeiras, lamenta ativista trans

No último dia 19 de agosto, o jovem digital influencer gay conhecido como Riquinha postou um vídeo relatando agressão física que sofreu quando estava indo à padaria

Por Jocivan Pinheiro

31/08/2020 às 15h37 • atualizado em 31/08/2020 às 15h42

No último dia 19 de agosto, o jovem digital influencer gay conhecido como Riquinha postou um vídeo nas suas redes sociais relatando uma agressão física que sofreu quando estava indo a uma padaria na Zona Norte de Cajazeiras.

No vídeo, Riquinha aparece com a boca ensanguentada e chorando muito. Ele conta que tomou um soco na boca de um desconhecido e que estaria sofrendo ameaças nas redes sociais.

No programa Balanço Diário, o ativista LGBT Jaaysllan Araújo (homem trans) afirma que a agressão contra Riquinha mostra a realidade homofóbica de Cajazeiras.

“O caso da Riquinha é muito difícil de conversar porque pesa na nossa mente, pesa no nosso corpo, o nosso corpo é visibilizado como um objeto sexual e não é fácil viver numa sociedade assim. Quando eu levanto a minha voz aqui agora, tenho certeza que cinco minutos depois, nas minhas redes sociais, eles conseguem algum meio de dizer: ‘Deixa de ser idiota, vai ser gente, você nasceu pra ser mulher e não homem'”, desabafa Jaaysllan.

VEJA TAMBÉM

Digital influencer de Cajazeiras é agredido ao sair na rua e faz desabafo: ‘O preconceito existe’

O ativista ressalta ainda que o Brasil é o país que mais mata LGBT’s no mundo, ao mesmo tempo em que é o país onde mais consomem pornografia com LGBT’s e onde mais pagam por prostituição com LGBT’s, e essa realidade acaba agravando o temor que as pessoas têm de se assumirem gays, lésbicas, bis, trans e afins.

“Ela [Riquinha] acaba sendo não só violentada fisicamente, mas psicologicamente também. Isso é muito pior do que uma violência física. É uma sensação terrível. Eu já passei por situações horríveis na minha vida que eu paro e penso: ‘Tua família sabe? Não, porque a gente não tem coragem nem de contar pra família”.

DIÁRIO DO SERTÃO

Recomendado pelo Google: