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Em Cajazeiras, 100% dos leitos de UTI e enfermaria do HRC estão ocupados e diretor prevê colapso total

Manoel Telamon disse que se a situação continuar assim, teremos um cenário que já é comum em outros Estados: pacientes sendo atendidos dentro de ambulâncias

Por Jocivan Pinheiro

09/03/2021 às 14h40 • atualizado em 09/03/2021 às 14h48

Manoel Telamon, diretor do Hospital Regional de Cajazeiras

A situação do Hospital Regional de Cajazeiras, um dos hospitais referência na Paraíba para pacientes com Covid-19, está cada vez mais delicada e o diretor Manoel Telamon já prevê colapso total.

Em conversa com o Diário do Sertão, Telamon confirmou que não há leitos vagos nas UTI’s nem nas enfermarias e disse que se a situação continuar assim, provavelmente teremos um cenário que já é comum em outros Estados: pacientes sendo atendidos dentro de ambulâncias.

“Se continuar dessa forma não vai demorar para estar assim. O Ceará já está todo desse jeito, colapso total”, falou o diretor por telefone.

Manoel Telamon explicou que diante dessa situação de leitos totalmernte ocupados no HRC, os hospitais municipais ficam responsáveis pela regulação de transferência de seus pacientes. Já os municípios que não têm hospitais devem conduzir os pacientes para o HRC, lá eles ficam em uma área isolada até serem transferidos.

Telamon revela que existem pacientes aguardando regulação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cajazeiras e no Hospital Municipal de São José de Piranhas.

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Hospital Regional de Cajazeiras

Apesar da situação de alerta, o diretor do HRC ressalta que o Governo do Estado da Paraíba tem se esforçado para ampliar o número de leitos nos hospitais. No Regional de Cajazeiras serão instalados mais dez leitos de UTI, cinco de enfermaria e mais cinco unidades de decisão clínica, que podem ser somados como UTI, pois são compostas de respiradores.

“Aqui o Estado ainda conseguiu, com a abertura de novos leitos num piscar de olhos, fazer alguns arranjos, e eu pelo menos não escutei nem vi isso [pacientes atendidos em ambulâncias]. Mas a gente está se programando para fazer dessa forma, não deixar de assistir o doente”, acrescentou.

O aumento do número de pacientes com Covid-19 poderá afertar o atendimento a pacientes com outras necessidades no HRC e ocasionar, inclusive, cancelamento de outros serviços.

“Ou o Covid ou a clínica. Quando o Covid se expandir, ele vai tomar o local e as condições dos outros doentes, que foi o que aconteceu em todos os países que passaram por essa situação”, alertou o diretor.

DIÁRIO DO SERTÃO

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