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VÍDEO: Sangria do Açude Grande de Cajazeiras atrai admiração, mas evidencia necessidade de despoluição

Bastaram quatro noites chovendo para que o Açude Senador Epitácio Pessoa, mais conhecido como Açude Grande, em Cajazeiras, sangrasse pela primeira vez em 2022

Por Luis Fernando Mifô

03/01/2022 às 18h48 • atualizado em 03/01/2022 às 18h54

Bastaram quatro noites chovendo para que o Açude Senador Epitácio Pessoa, mais conhecido como Açude Grande, em Cajazeiras, sangrasse pela primeira vez em 2022, para alegria da população.

Quando sangra, o Açude Grande, que abrange o centro e parte das zonas norte e sul da cidade, despeja sua água no canal e ela segue para o Rio do Peixe e adjacências. A sangria atrai moradores para assistirem o percurso da água.

Segundo historiadores, Cajazeiras se desenvolveu ao redor de um açude de pequeno porte que foi construído em 1804, dentro da propriedade de Ana Francisca de Albuquerque e Vital de Souza Rolim, pais do Padre Inácio de Souza Rolim.

Em 1915, devido à seca que assolou o Nordeste brasileiro, o Governo Federal, através da Inspetoria de Obras Contra as Secas (atual Departamento Nacional de Obras Contra as Secas –DNOCS), reformou e ampliou o reservatório, que passou a se chamar Açude Grande.


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Durante décadas o manancial foi fonte de coleta de água e pesca de peixes para consumo humano. Mas, hoje em dia, isso é inviável por causa do fluxo de lançamento de esgotos e de pontos de contaminação.

Para tentar despoluir o manancial, um grupo de pessoas fundou o Fórum Açude Grande, que busca conscientizar os moradores e pressionar Estado e políticos a fim de garantirem recursos financeiros para o projeto.

Em fevereiro de 2021, equipes da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA), da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (EMPAER) e da Polícia Ambiental realizaram a demarcação da Área de Preservação Permanente (APP) do açude. De lá para cá, nada mais foi feito.

Sangria do Açude Grande de Cajazeiras

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