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VÍDEO: Psicólogo alerta para casos de suicídio e a importância de implantar a ‘cultura da escuta’

Damião Jr. explica importância do diálogo no ambiente familiar, empresas e nos veículos de comunicação

Por Jocivan Pinheiro

05/01/2023 às 17h34 • atualizado em 05/01/2023 às 17h40

O psicólogo Damião Júnior esteve no programa Olho Vivo, nesta quinta-feira (05), alertando sobre casos de suicídio e a importância de falar sobre saúde mental. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos, mais pessoas morrem vítimas de suicídio do que de HIV, malária ou câncer de mama.

Damião explica a importância do diálogo no ambiente familiar, nas empresas, nos veículos de comunicação. Falar sobre o assunto, que por muitos anos foi um grande tabu na nossa sociedade, para que, quem estiver passando por situações de pensamentos suicidas, possa expor o que está lhe causando essa dor.

“Antes [de acontecer] o suicídio, é preciso debater a saúde mental. É necessário fazer isso porque durante muitos anos houve estereótipos, houve até uma certa vergonha de falar sobre o tema. Hoje, mais do que nunca, é necessário falar sobre isso, porque a saúde mental nesse século está muito fragilizada”, diz o psicólogo.

De acordo com Damião Júnior, a depressão e a ansiedade são consideradas doenças do século. Uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) comprovou que casos de depressão dobraram no período de quarentena e que ocorrências de ansiedade e estresse tiveram aumento de 80%.

O psicólogo pontua que pessoas com comportamento suicida dão sinais e é preciso observar, identificar e agir. Ele fala ainda da importância de “implantar a cultura da escuta”, de não diminuir a dor do outro; que na saúde mental diversos fatores influenciam, entre eles familiar, econômico, emocional, social, político, espiritual etc.

Psicólogo Damião Júnior (centro) no programa Olho Vivo

Damião afirma que o comportamento suicida se divide em três fases: a primeira são os pensamentos, como “queria desaparecer”, “por que eu existo?”, “as coisas não estão boas”, que são questionamentos que dão indícios de que algo não está certo; na segunda é a tentativa, que muitas vezes os familiares dizem que é para “chamar atenção”, mas é um sinal de alerta para que atitudes sejam tomadas; a terceira fase é o ato, o suicídio.

O psicólogo diz que o ser humano é o único animal que atenta contra a própria vida “porque tem necessidade de sentido de vida. A partir do momento que o ser humano perde seu sentido de vida, ele acaba por desistir de viver”.

No Brasil

O Brasil é apontado como o país mais ansioso do mundo (9,3%) e o segundo maior das Américas em depressão (5,8%), de acordo com estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS). No primeiro mês do ano acontece a campanha do Janeiro Branco. A ação busca conscientizar sobre saúde mental, cada vez mais reconhecida como uma prioridade global de saúde e desenvolvimento econômico.

DIÁRIO DO SERTÃO

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