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NO SERTÃO: Sudema vai investir R$ 900 mil para recuperação do Vale dos Dinossauros

O parque tem parte de sua estrutura física comprometida.

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07/03/2011 às 11h22

O Vale dos Dinossauros, localizado no município de Sousa, está em situação precária e sem a devida manutenção e conservação, de acordo com a denúncia feita pelo membro da Sociedade Paraibana de Arqueologia (SPA), Luiz Carlos da Silva Gomes. De acordo com superintendente de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Rossana Honorato, o órgão reconhece a condição que o equipamento se encontra, e que um convênio de patrocínio orçado em R$ 900 mil firmado com a Petrobrás no ano passado deve reverter o quadro.

Segundo o pesquisador amador, o museu do sítio paleontológico está com a cobertura esburacada, permitindo a penetração de águas de chuvas e o reboco interno está caindo. “As janelas precisaram ser fechadas com pedaços de tábuas e pregos para manter uma aparente segurança daquele espaço onde estão expostos fósseis raros da Bacia Sedimentar do Rio do Peixe. É lamentável”, revelou.

Luiz Carlos também reclama que depois que o Complexo Turístico foi inaugurado em 1999, as instalações das pontes e passarelas nunca receberam manutenção. “O canal apresenta pontos com desmoronamento e remendos nas pontes e passarelas são improvisadas pela própria equipe de apoio que presta serviço no local, o que não fornece segurança alguma para o turista que passa pelo local”, acusou.

Projeto para área
A diretora da Sudema afirma que a situação de abandono do Vale dos Dinossauros é fato conhecido pelo órgão. “Na última semana de janeiro, visitei os núcleos de administração do Estado e me deparei com o estado de precariedade absurda que o parque está. Ainda estou no início da gestão à frente da Sudema, mas nossa equipe pretende renovar esse cenário e priorizar o zelo com o nosso Vale”, alegou.

Outra questão apontada por Luiz Carlos é que muitas pegadas ficam submersas quando o rio fica com vazante. Apesar de propor uma alternativa, ele reconhece que o projeto de conservação nesta área é complicado. “A medida mais eficiente para preservar o parque será o desvio do rio. Mas será um projeto que envolve impacto ambiental e bastante complexo”, disse.

A administração do Vale dos Dinossauros é feita por uma parceria da Prefeitura de Sousa com a Superintendência de Administração do Meio Ambiente da Paraíba (Sudema). Luiz Carlos discorda do gerenciamento e sugere que seja feito de forma diferente.

“O parque deveria ser conduzido por um comitê de administração, com a participação de componentes da sociedade civil, membros de organizações não governamentais, do poder público e um representante do Ministério Público Federal. Dentre os membros do comitê, seria eleito um presidente e um secretário. Desta forma, acredito que esses problemas que o Vale enfrenta seriam sanados com eficiência”, propôs.

O coordenador de estudos ambientais da Sudema, Jerônimo Villas-Boas, contou que um contrato de patrocínio firmado com a Petrobrás em outubro do ano passado deve ser o pontapé do início da reestruturação do Vale.

“Fechamos um convênio no valor de R$ 900 mil, que por enquanto ainda está em fase de avaliação do ajuste de prazos. Mas o projeto para a aplicação dos recursos já está encaminhado, como as plantas arquitetônicas e o programa de conservação do material didático nos centros de visitação. A situação atual de má condição do Vale é evidente, mas a Sudema já está trabalhando para que as melhorias cheguem”, disse.

Entenda o caso
Representantes de uma Organização Não Governamental (ONG) denunciaram no mês passado, que algumas pegadas de dinossauros no Vale Movissauro, cidade de Sousa podem desaparecer.

De acordo com a ONG, o Vale dos Dinossauros está em perigo, pois algumas pegadas estão submersas nas águas das chuvas.

Segundo a organização, o problema é antigo e ONG já elaborou um relatório com todas as irregularidades da estrutura física e dos locais que abrigam as pegadas dos animais pré-históricos, para ser encaminhado ao Ministério Púbico Federal alertando sobre os riscos de destruição do patrimônio histórico e cultural do Vale.

O presidente da ONG, Luiz Carlos da Silva afirmou que o parque não está adequado para receber os turistas que vem do mundo todo, mas após esses problemas, o número de visitantes tem diminuído.

“O parque está em situação precária. Tem goteira por todo lado”, denunciou o presidente

A superintendência de administração do Meio Ambiente do Estado informou que ações de reestrururação do Parque serão realizadas, mas não tem previsão para iniciar as obras.

DIÁRIO DO SERTÃO
Com informações do Jornal Correio da Paraíba

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