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VÍDEO: Para não perderem tudo, ribeirinhos pedem liberação de mais água e fim das barragens irregulares

Durante audiência pública em Cajazeiras, os produtores solicitaram a liberação de pelo menos 500 litros de água por segundo para abastecer Lagoa do Arroz

Por Luis Fernando Mifô

23/09/2025 às 16h48 • atualizado em 23/09/2025 às 20h24

Produtores rurais ribeirinhos da região do Rio do Peixe, no Alto Sertão paraibano, expuseram na audiência pública desta terça-feira (23), na Câmara de Cajazeiras, a grave situação que eles enfrentam devido à escassez de água para irrigar as plantações e alimentar animais. A audiência, realizada em parceria com a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), reuniu políticos, gestores, autoridades de segurança e a população para discutir a distribuição da água do Açude Engenheiro Avidos (Boqueirão de Piranhas) para outros mananciais.

Para não perderem toda a produção, os ribeirinhos solicitaram a liberação de pelo menos 500 litros de água por segundo para o Rio do Peixe, que, por sua vez, abastece o Açude Lagoa do Arroz. Além disso, eles denunciaram a existência de várias barragens irregulares que estão desviando a água, problema esse que foi constatado pela Polícia Militar Ambiental.

O produtor rural Raniério Dantas, que planta arroz, feijão e milho, disse que é urgente a liberação de mais água até o final do ano. “A dificuldade é grande. Não só eu, mas todos estamos aqui reivindicando que nós possamos conquistar essa vitória e fazer a produção da agricultura que leva alimento para a mesa de cada um de vocês”.

Fábio Pires afirmou que a situação é desesperadora, pois os produtores já investiram bastante dinheiro nas lavouras e agora correm risco de perder tudo. “Chega a ser desesperadora a situação da gente que está com esses investimentos e ver se acabar por falta de liberação de água”.

Ribeirinhos participaram de audiência pública em Cajazeiras (Foto: TV Diário do Sertão)

Francisco de Assis ressalta que os ribeirinhos estão ‘à beira de perder tudo’. “Era para, pelo menos, aumentar mais a vazão, pelo menos até o final de novembro, que dava para terminar o resto. Se não soltar alguma coisa pra nós, dessa semana para a outra, está perdido”.

Segundo o produtor Júlio Neto, amanhã haverá uma reunião entre as entidades envolvidas na administração das águas de Boqueirão para definir posicionamentos a respeito das demandas colocadas pelos ribeirinhos na audiência. “Vamos aguardar a reunião que eles vão ter amanhã para atender à nossa solicitação ou não”.

DIÁRIO DO SERTÃO

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