header top bar

section content

VÍDEO: Estudantes de Cajazeiras protestam após gestão de Zé Aldemir multar professor em R$ 5 mil e ameaçar aluna de prisão

Estudantes foram para um dos bares da cidade junto aos professores para pedir a volta das aulas particulares presenciais, que foram interrompidas pelas determinações dos decretos para conter o avanço da Covid-19.

Por Juliana Santos

18/05/2021 às 18h42 • atualizado em 18/05/2021 às 18h45

Estudantes e professores de um cursinho particular pré-vestibular promoveram um protesto contra as novas determinações do decreto da prefeitura de Cajazeiras para conter o avanço da Covid-19 no município. Cerca de 30 professores dependem da escola e os alunos querem aulas presenciais.

A aula desta terça-feira (18) foi em um restaurante da cidade onde segundo o professor Fernando Lisboa, é um dos locais que podem ocorrer as aulas. “Eu posso dar aula na praça, no restaurante em qualquer outro lugar, menos na sala de aula com distanciamento social e álcool em gel”, comentou.

Fernando mostrou a multa que recebeu da prefeitura de Cajazeiras no valor de R$5 mil o que causou revolta dos estudantes. “Se eu estiver na sala de aula eu sou multado, mas se eu tiver em qualquer outro lugar posso dar aula. Aqui está assim nós temos que encontrar forma de levar a educação até os alunos. Cajazeiras foi a cidade que ensinou a Paraíba a ler e agora está tendo essa inversão de valores”, reclamou o professor.

VEJA TAMBÉM

Donos de bares e restaurantes de Cajazeiras protestam contra decreto de Zé Aldemir, são ignorados e lamentam: ”queremos trabalhar’’

O professor Wendson Furtado afirmou que se sente coagido e que não consegue trabalhar e cerca de 30 professores dependem diretamente da escola. “A educação não tem preço, mas a falta dela tem um custo muito alto. Essa pandemia está sendo sanada a partir da educação e da ciência. Estamos sendo impedidos, multados, coagidos, neste ano tivemos muita dificuldades. Fui abordado várias vezes em sala de aula”, comentou.

Fernando completou detalhando várias situações constrangedoras ocorridas na empresa que realiza os cursinhos, mas também aos alunos que frequentam. “A fiscalização foi lá e afirmaram que iam levar os alunos dentro da viatura da polícia se caso os eles não saíssem da instituição”, afirmou.

Uma das alunas que estuda no cursinho pré-vestibular relatou que os estudantes foram tratados com muita rispidez e foram ameaçados serem presos, alegando descumprimento do decreto. “O pessoal da Vigilância Sanitária nos trataram com muita ignorância, nos ameaçando que seriamos presos levados pela viatura e nossos pais deveriam nos buscar na delegacia. Nós podemos estar em um bar, mas não podemos está na sala de aula pois somos tratados como bandidos”, detalhou Lívia.

Wendson Furtado afirmou que a escola Premier Curso esta tomando todas as medidas necessárias para continuar em funcionamento como distanciamento social, disponibilidade de álcool 70% e a exigência de uso de máscara. Além disso foi tentado o dialogo com a prefeitura, mas os professores não receberam resposta. “Fomos na prefeitura no setor de vigilância sanitária tentamos conversar e argumentar, mas afirmaram que estavam de mão atadas que não poderiam fazer nada que estavam aguardando o decreto”, contou.

Wendson Furtado, Fernando Lisboa trabalham em um cursinho pré-vestibular. (Fotos: Reprodução)

O QUE DIZ O OUTRO LADO

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Imprensa da Prefeitura de Cajazeiras, mas nossas mensagens não foram respondidas. O Portal Diário do Sertão disponibiliza o endereço de e-mail [email protected] para receber posicionamento da gestão, possibilitando, assim, a divulgação ambos os lados.

DIÁRIO DO SERTÃO

Recomendado pelo Google: