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Menina de 12 anos se destaca no mundo da bola e recebe elogio da campeã Marta

A queimadense já foi chamada para treinar (entre os meninos mesmo) no sub-13 do Nova Iguaçu Futebol Clube, time da primeira divisão do Campeonato Estadual.

Por Priscila Belmont

10/05/2017 às 10h21

Maria joga entre os meninos na categoria sub-13 Foto: Cléber Júnior / Extra

Eleita cinco vezes consecutivas a melhor jogadora do mundo, Marta é um fenômeno mundial e inspiração para muitas mulheres. E garotinhas também. A pequena Maria Peck, de 12 anos, é um exemplo. A queimadense tem deixado muito marmanjo de boca aberta com seu futebol, tanto que já foi chamada para treinar (entre os meninos mesmo) no sub-13 do Nova Iguaçu Futebol Clube, time da primeira divisão do Campeonato Estadual.

A própria Marta já reconheceu o valor da menina e falou sobre ela numa recente entrevista ao canal Esporte Interativo: “Estou muito feliz com essa oportunidade que você está tendo, Maria. Confie em você sempre. Tenha muita garra e determinação”.

— Eu me espelho muito nela. Quando eu vi o vídeo, não acreditei que ela estava falando meu nome. Achei que não era para mim — diz a jovem, que afirma: — Quero fazer do futebol minha profissão.

Maria Peck é cria do Centro Esportivo Durães, um núcleo da equipe iguaçuana em Queimados. Foi lá que a menina se destacou durante um torneio internúcleos masculino promovido pelo Nova Iguaçu FC em novembro do ano passado. Na competição, a escolinha de Peck consagrou-se campeã, numa disputa da qual participaram 16 times.

— Ela está com a gente há dois anos. É uma das nossas alunas mais disciplinadas, nunca falta aula. Tudo que você imaginar ela faz com a bola. Ela é muito veloz e não deve nada aos garotos — contou Roberto Durães, de 46 anos, presidente do Centro Esportivo.

Aluna do sétimo ano da Escola Municipal Professor Washington Manoel de Souza, no bairro Paraíso, a adolescente atua como meia-atacante e tem o sonho de jogar no Orlando Price, dos Estados Unidos — o mesmo time em que hoje joga Marta. Maria conta que a família a apoia na decisão e afirma que, mandando bem no mundo da bola, quer dar uma condição melhor para a mãe e os três irmãos.

— Eu chego em casa toda roxa, né? (risos). E minha mãe sempre me pergunta se é isso mesmo que eu quero. E é o que eu quero, sim. Adoro futebol. E, para mim, é normal jogar com os garotos — diz a jovem jogadora.

Em time grande
Apesar do reconhecimento, Maria Peck ainda luta para conseguir jogar profissionalmente na categoria sub-13. Em Queimados, a Liga não permite que ela jogue entre os meninos. A única cidade da Baixada Fluminense em que a adolescente poderia atuar seria Magé.

— Estamos tentando mudar isso aqui em Queimados. Mas, se não conseguirmos, vamos levá-la para jogar em Magé mesmo. Precisamos que ela pegue o ritmo de jogo. Para que no ano que vem ela já possa estar em um grande time carioca e jogando apenas com mulheres — explicou Roberto Durães.

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