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Adílson: "Tudo que faço é pelo bem do Santos". Técnico garante que torcida não influenciará escalação

Torcedores têm os seus jogadores preferidos, mas treinador diz que não se deixará levar por clamor das arquibancadas

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27/02/2011 às 14h33

O técnico Adilson Batista, do Santos, se mantém firme em suas convicções. Reconhece a pressão e até chega a pedir uma trégua para a torcida. Espera que na próxima quarta-feira, por pelo menos 90 minutos, os alvinegros esqueçam a rixa e apoiem o time contra o Cerro Porteño-PAR, pela Taça Libertadores. No entanto, garante que não vai se deixar levar pelas preferências dos torcedores. Vai escalar o time que considera ideal, independentemente do que pensam aqueles que ficam nas arquibancadas.

A torcida santista tem seus “queridinhos”: Zé Eduardo, Maikon Leite, Felipe Anderson. O treinador, porém, prefere montar um time mais forte no meio de campo. Maikon Leite e Zé Eduardo, por exemplo, não são os titulares de Adilson, que aposta mais em Diogo no ataque ao lado de Neymar. Mesmo sob o risco de seguir não agradando, o comandante santista mantém sua posição.

– Não é porque a torcida gosta do Zé, do João ou do Pedro que eu tenho de escalar. Eu vivencio o time, estou no dia a dia. O que escala o jogador é o trabalho no campo, são os treinos, não é sendo querido pela torcida que o jogador se escala.

/O treinador garante que sua intenção não é buscar confronto com torcedores. Pelo contrário. Ele faz questão de deixar clara a distinção: torcedor torce, apoia, protesta, xinga. Mas quem escala é ele. Disso, Adilson Batista não abre mão.

– Não é uma questão de bater de frente. Eu vivencio os treinos, converso com os jogadores, estou lá dentro, obsevando, analisando, sempre pensando no bem no coletivo. Já tenho experiência suficiente, trabalhei em grandes equipes, convivi com grandes técnicos. Tudo o que faço é pelo bem do Santos.

Adilson afirma entender os protestos dos torcedores. Desde o jogo contra o Deportivo Táchira-VEN, no último dia 15, pela estreia na Taça Libertadores, a equipe não apresenta um futebol convincente. Empatou em 0 a 0 com os venezuelanos. Depois, domingo passado, perdeu por 3 a 1 para o Corinthians, o que deixou a torcida revoltada. No último sábado, empate em casa (1 a 1) com o São Bernardo, resultado que atiçou ainda mais a ira dos alvinegros: vaias e xingamentos ao técnico.

– Entendo que eles estejam chateados, eu também estou. Gostaria que o time estivesse exibindo grandes atuações. Mas estamos trabalhando para acertar. Estamos com desfalques importantes, não tenho o grupo todo à disposição ainda. Isso tudo precisa ser levado em conta.

Adilson Batista saiu de campo vaiado no sábado,
depois do empate em casa (Foto: Ag. Estado)

GLOBOESPORTE

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