Livros de Paulo Coelho estão proibidos no Irã
O escritor Paulo Coelho escreveu em seu blog e no Twitter que seus livros tinham sido proibidos no Irã. Ele prometeu liberar as publicações para download gratuito na internet, em idioma farsi.
O escritor brasileiro, vetado no país dos aiatolás, é um dos mais lidos no mundo. Para nova ministra da Cultura, toda forma de censura é lamentável. A censura ocorreu sem explicações. Paulo Coelho explicou que seus livros começaram a ser comercializados no Irã em 1998 e já vendeu lá seis milhões de cópias.
A informação foi divulgada pelo editor iraniano de Paulo Coelho, que vive exilado em Londres desde que apoiou os protestos contra o governo de Mahmoud Ahmadinejad.
O escritor Paulo Coelho fez o anúncio pelo Twitter e por seu blog internacional. Disse que foi censurado no Irã, um país onde, segundo ele, já vendeu seis milhões de livros desde 1998. Paulo Coelho mostrou um e-mail assinado por Arash Hejazi, seu editor no Irã, informando que o governo iraniano baniu todos os seus livros, mesmo as versões não autorizadas publicadas por outras editoras.
Arash Hejazi foi uma das testemunhas da morte de Neda Soltan durante as manifestações da oposição, depois da controvertida reeleição de Mahmoud Ahmadinejad, em 2009. Por causa disso, Arash teve de deixar o Irã. Na época, o escritor Paulo Coelho foi um dos primeiros a reconhecer no vídeo da morte de Neda o amigo Hejazi.
Na segunda-feira (10), em seu blog, o editor iraniano disse que foi informado da proibição por uma pessoa que conhece no Ministério da Cultura e Orientação Islâmica do Irã e cujo nome não pode revelar. Hejazi afirma que agora Paulo Coelho pode estar pagando o preço por tê-lo defendido.
Paulo Coelho acha que o ato de censura só pode ser um mal entendido. Afinal, há 11 anos ele foi o primeiro escritor não muçulmano a participar de lançamentos de livros no Irã desde a Revolução Islâmica de 1979. Mas o escritor afirma que, se o governo iraniano mantiver a censura, vai liberar seus livros para download gratuito na internet no idioma farsi, o mais falado no Irã.
No Brasil, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse que toda forma de censura é lamentável. Mas essa foi a posição dela. Agora, Ana de Hollanda vai conversar com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ela quer saber como o Brasil vai se manifestar contra essa decisão do governo iraniano.
G1
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