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Presidiário eleito vereador no Sertão da Paraíba é impedido de tomar posse e renuncia

Ubiraci Rocha está preso desde maio de 2016 e foi eleito com 948 votos. Decisão judicial impediu Bira Rocha (PPS) de assumir vaga na Câmara.

Por Diário do Sertão

03/01/2017 às 09h54

Bira Rocha (PPS), preso desde maio 2016

O vereador eleito Ubiraci Rocha (PPS), de Catolé do Rocha, no Sertão da Paraíba, renunciou ao cargo após ser impedido pela Justiça de tomar posse. Bira Rocha, como é conhecido, renunciou ao cargo após a decisão da juíza Lílian Franssinetti Cananea. Bira Rocha está preso provisoriamente desde maio de 2016 por suspeita de pistolagem, e apesar da prisão, ele concorreu ao cargo de vereador no último pleito municipal e foi eleito com 948 votos.

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Com a renúncia de Ubiraci Rocha, foi empossado no cargo o suplente Valdeci Dantas da Cunha (PTB) neste domingo (1º). Bira Rocha tinha sido o sexto candidato mais votado nas eleições de Catolé do Rocha. No dia da votação, ele precisou de autorização judicial e escolta para ir votar. O G1 não conseguiu entrar em contato com os advogados do vereador eleito.

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Candidato pelo PPS, Bira Rocha recebeu 948 dos 17.478 votos válidos no município. De acordo com gerente do sistema penitenciário da Paraíba, Sérgio Fonseca, o preso foi liberado para votar após uma determinação judicial. “Recebemos a autorização e o preso provisório foi votar sob escolta dos agentes. Ele teve o direito de votar porque ainda não é preso condenado”, comentou.

Segundo o chefe do cartório da 36ª Zona Eleitoral da Paraíba, Pedro Henrique Nunes, não havia nenhuma condenação do candidato transitada em julgado. Por isso, mesmo estando preso por força de mandado de prisão, ele não perde os direitos políticos.

Entenda o caso
Bira Rocha segue preso no Presídio Padrão Manoel Gomes, em Catolé do Rocha. Ainda de acordo com o o gerente da Administração Penitenciária Sérgio Fonseca, ele foi preso no dia 9 de maio realizando transações bancárias em uma agência de João Pessoa durante uma operação do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Militar da Paraíba.

Segundo comentou à época o delegado do GOE e responsável pela prisão, Allan Murilo Terruel, foi uma ação importante para a região porque o suspeito era temido e causava terror nas pessoas. “É ainda uma prisão sensível, por se tratar de um pistoleiro”, relatou após a prisão, que atendeu a uma mandado de prisão temporária. Segundo as investigações, o nome do suspeito está ligado a assassinatos no Sertão paraibano, como mandante, articulador ou executor dos crimes.

Do G1

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