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EXCLUSIVO: Delegado revela contradições e confirmações do depoimento de José Eulálio no ‘caso Milena’

Delegado conversou com a TV Diário do Sertão e disse que a polícia busca depoimentos e indícios que possam comprovar que José Eulálio ingeriu bebida alcoólica

Por Jocivan Pinheiro

22/05/2019 às 16h05

José Eulálio Irmão Neto, de 18 anos, se apresentou à Polícia Civil de Cajazeiras e prestou depoimento ao delegado Francisco Filho, nesta terça-feira (21), sobre o acidente que matou a estudante Milena Cartaxo, de 21 anos, e feriu duas pessoas no último domingo.

José Eulálio, também conhecido como Zé Caboré, era quem conduzia a caminhonete que capotou e caiu em um riacho nas proximidades do Jardim Soledade, Zona Leste de Cajazeiras, quando os quatro jovens voltavam de uma vaquejada. Ele reside em Campina Grande e se apresentou na delegacia acompanhado de familiares, um advogado de Campina e um de Cajazeiras.

O delegado Francisco Filho conversou com a TV Diário do Sertão e disse que a polícia busca mais depoimentos e indícios que comprovem que José Eulálio ingeriu bebida alcoólica antes de dirigir.

No depoimento, o jovem não admitiu que bebeu. Porém, segundo o delegado, há indícios de que ele foi visto em uma mesa na vaquejada, junto com Milena, ingerindo bebida alcoólica.

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José Eulálio Irmão Neto conduzia a caminhonete que capotou e caiu em riacho

Ainda segundo o delegado, José Eulálio contou que chegou a socorrer a jovem identificada como Vanessa. No entanto, no primeiro depoimento prestado por Vanessa, ela não relatou esse fato.

Diante da necessidade de provas para condenar José Eulálio por homicídio doloso, o delegado Francisco Filho pede que testemunhas vão até a delegacia prestar depoimentos.

“Quem socorreu, venha à delegacia de polícia para esclarecer esses fatos. E também quem estava no momento da vaquejada com José Eulálio e com Milena, que venha à delegacia pra gente saber se houve [ingestão de bebida alcoólica] para formalizar. A gente é convicto de que houve. Mas para uma questão de ação penal, dificilmente alguém é condenado por presunção”, disse.

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Caminhonete ficou submersa em riacho cheio de ‘pasta’

Durante o depoimento de José Eulálio, alguns fatos foram confirmados: o carro foi emprestado por um amigo (que também não é proprietário dele); José Eulálio saiu do veículo pelo para-brisa dianteiro quebrado (a perícia constatou que o lado dele estava quebrado); ele foragiu antes da chegada da polícia (disse que estava com medo de represália de familiares de Milena); ele e a perícia disseram que não tinha como Milena sair do veículo (a causa-morte dela foi afogamento).

“Desde o início já demos uma resposta à sociedade. Em dois dias chegamos à autoria do fato, e temos que chegar à conclusão do inquérito. Um inquérito policial bem feito ajudará demais uma ação penal para corroborar com a investigação, e que seja feita justiça”, falou o delegado.

DIÁRIO DO SERTÃO

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