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Delegado da Polícia Civil é preso pela própria corporação suspeito de corrupção, em Patos

De acordo com as investigações, "o delegado é suspeito de desviar recursos provindo de fianças pagas por presos". A prisão do policial foi decretada na última terça-feira (1º)

Por Luiz Adriano

04/08/2023 às 11h32

Delegacia de Polícia Civil de Patos, no Sertão da Paraíba. (Foto: Secom-PB).

Um delegado da Polícia Civil foi preso na manhã desta sexta-feira (04) pela própria corporação da qual faz parte. A prisão se deu por meio de uma operação contra o crime de corrupção na cidade de Patos, no Sertão da Paraíba.

A prisão do policial foi decretada na última terça-feira (1º). De acordo com matéria do Portal MaisPB, “o delegado é suspeito de desviar recursos provindo de fianças pagas por presos”.

Uma coletiva de imprensa foi marcada para as 11h da manhã de hoje para informar os detalhes do inquérito.

“Consta dos autos que o investigado, no exercício da função pública de delegado de polícia civil, teria se apropriado de valores das fianças criminais arbitradas, bem como teria retardado a distribuição dos inquéritos policiais, com o fito de ocultar a prática do crime mais grave (peculato). Ademais, infere-se da presente representação que as condutas atribuídas ao representado tem sido realizadas continuamente há quase 10 (dez) anos”, diz a investigação que a reportagem do MaisPB teve acesso.

A promotora Mariana Bezerra pediu à Justiça a quebra do sigilo bancário do delegado relativo ao período de 14/07/2014 a 16/05/2023, incluindo o afastamento do sigilo de todas as contas de depósito, contas de poupança, contas de investimento e outros bens, direitos e valores mantidos em instituições Financeiras pelo suspeito.

“No caso em tela, há indícios da ocorrência de crimes praticados, em tese, pelo investigado, o qual, no exercício da função pública de delegado de polícia, teria se apropriado de valores das fianças criminais arbitradas, além de ter retardado a instauração de procedimentos investigativos, tudo com o fito de ocultar o crime mais grave”, escreveu.

DIÁRIO DO SERTÃO

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