EXCLUSIVO: Promotor e sobrinho da vítima falam após condenação de PM que matou colega em Cajazeiras

O policial militar Elves Miller de Souza Nascimento, acusado de ter assassinado o também PM José Demário Tavares Santos, em outubro de 2022, em Cajazeiras, foi condenado a 20 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, após cerca de 13 horas de júri popular no Fórum Ferreira Júnior. Na leitura da sentença, o juiz Macário Oliveira também recomendou a perda do cargo público do acusado.

O promotor de acusação Levi Emanuel diz que está satisfeito com o resultado do julgamento, mas ressalta que a dor da perda de um ente querido é irreparável.

“Quando a gente observa a condenação e o quanto de pena a ele direcionado, a gente tem em mente, num primeiro momento, que vinte anos é uma represália considerável, mas o sofrimento que a família sentiu é um tipo de sentimento irreparável.”

Jonas Alexandre, sobrinho da vítima, também concorda que, apesar da dor dos familiares, a justiça foi feita. “Não teria nenhuma sentença que iria reparar o dano da vida. Maas, pelo menos, até certo ponto a justiça foi feita no que poderia ser feito para trazer uma sensação de justiça.”

Cabo Demário, lotado no 6º Batalhão da Polícia Militar de Cajazeiras, foi assassinado com 12 tiros na cabeça, na madrugada do dia 29 de outubro de 2022, em um bar localizado na Av. José Donato Braga, conhecida como “Estrada do Amor”. Ele tinha 45 anos. O recruta Elves Miller, também lotado no 6º BPM, foi preso em flagrante.

O homicídio foi cometido diante de várias testemunhas que estavam no local. De acordo com a polícia, os dois teriam discutido por conta de cervejas que foram consumidos no estabelecimento comercial.

DIÁRIO DO SERTÃO

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