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VÍDEO: Autora de denúncia e projeto, vereadora diz que meninas são exploradas por influencers como escravas

Eliza Virgínia defende que os perfis dos influenciadores sejam derrubados pelas plataformas digitais, mas também que a polícia investigue o que não é publicado nas redes sociais

Por Luis Fernando Mifô

11/08/2025 às 17h21 • atualizado em 11/08/2025 às 17h22

Autora de denúncias protocoladas no Ministério Público da Paraíba contra o influenciador Hytalo Santos, a vereadora Eliza Virgínia (PP), de João Pessoa, disse no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, que adolescentes são exploradas sexualmente por influencers como ‘escravas’.

Na Câmara, Eliza Virgínia tem pautado com frequência o tema do combate à exploração de menores de idade nas redes sociais. Na tarde desta segunda-feira (11), ela participou do programa Olho Vivo para falar sobre a repercussão do vídeo feito pelo influenciador paranaense Felca denunciando produtores de conteúdos que promovem a ‘adultização’ de crianças e adolescentes explorando suas imagens de maneira erótica. Um dos influenciadores citados por Felca é o paraibano Hytalo Santos, que é de Cajazeiras, no Sertão do estado. Após as denúncias de Felca, o perfil de Hytalo Santos no Instagram foi suspenso.

“Eu soube até que escolas aqui em João Pessoa se negaram a ter um grupo dessas meninas porque chama muita atenção, muita curiosidade, e elas terminavam interferindo, porque elas fazem aquilo que não é para a idade delas e influenciam outras crianças. Isso é um absurdo muito grande”, relata a vereadora.

Projetos no Congresso e na Câmara

Eliza Virgínia é autora de um projeto de lei na Câmara de João Pessoa que proíbe a Prefeitura de patrocinar ou apoiar shows e eventos com músicas que façam apologia à violência contra a mulher ou à pornografia. A proposta surgiu após críticas à possível contratação de artistas com esse tipo de conteúdo para festividades públicas.

Vereadora Eliza Virginia (Foto: Câmara Municipal de João Pessoa)

Já na Câmara dos Deputados, quando ela foi suplente em 2024, protocolou um projeto de lei que propõe alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para estabelecer medidas contra a exposição de cunho sexual de crianças e adolescentes menores de quatorze anos. A proposta altera a Lei nº 8.069 e criminaliza a erotização precoce em conteúdos audiovisuais e nas redes sociais, mesmo a pretexto de ser ‘artístico’.

Eliza defende que os perfis dos influenciadores sejam derrubados pelas plataformas digitais, mas também que a polícia investigue o que não é publicado nas redes sociais. “Para que isso não ocorra mais, tem que haver leis mais claras. Apesar de ter o ECA, parece que as pessoas não enxergam isso, o dinheiro cega. Quando você está ganhando muito dinheiro com determinados tipos de conteúdos, a tendência é você fazer cada vez mais e mais”, afirma a parlamentar.

Hytalo Santos tem conta no Instagram suspensa após acusações de exploração de menores feitas pelo youtuber Felca (Foto: Divulgação/Redes Sociais)

Eliza Virgínia quer que os pais também sejam responsabilizados. “Eles tem que entender que ao expor seus filhos na internet, eles estão correndo esse risco, da rede de pedofilia do mundo inteiro pegar uma fotozinha simples, ingênua. Os pais que estão começando a ganhar dinheiro com seus filhos, que conseguem enxergar esse ‘nicho de negócio’, eles são culpados disso”, explica a vereadora.

“Assim que esse meu projeto de lei for aprovado, vai ser crime expor com músicas e danças com conotação sexual. Mas, não deixa de já ser. Eticamente e moralmente falando, o pai e a mãe que faz isso não passa de um cafetão, porque a sua filha está vendendo seu corpo, mesmo que seja via online”, completa a parlamentar.

ENTREVISTA COMPLETA COM A VEREADORA ELIZA VIRGÍNIA

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