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Nilsinho chora ao se despedir da Câmara, agradece ao povo pela votação, diz que voltará a ser professor e nega reaproximação com Zé Aldemir: “Nós ficamos do outro lado” – VÍDEO!

Depois de 28 anos de vida parlamentar, sete mandatos consecutivos, o vereador Nilsinho está saindo do cenário político

Por Jocivan Pinheiro

05/12/2016 às 14h05 • atualizado em 05/12/2016 às 14h09

Depois de 28 anos de vida parlamentar, sete mandatos consecutivos na Câmara de Cajazeiras, o vereador Nilson Lopes, o Nilsinho (PDT), está saindo do cenário político. Com 854 votos conquistados na última eleição, Nilsinho não conseguiu se reeleger. Ele lamenta a derrota, mas diz que não está magoado e que, mesmo fora da vida pública, continuará servindo à população como for possível.

– Não tive êxito nas eleições, mas nem por isso vou baixar minha cabeça. Eu tenho mais é que agradecer, principalmente ao povo de Cajazeiras que me deu a oportunidade de passar 28 anos nesse poder legislativo – declarou.

Nilsinho se despede da Câmara de Cajazeiras

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Muito se questionou sobre qual o motivo que levou um parlamentar tão tradicional e de bases políticas sólidas na região a ser um dos poucos que não obteve a reeleição.

Alguns atribuem culpa à coligação recheada de grandes partidos e muita concorrência, outros à falta de apoio do deputado estadual e prefeito eleito de Cajazeiras José Aldemir (PP), que dessa vez era oposição ao grupo de Nilsinho. Mas o próprio vereador atribui a culpa a ele mesmo, afirmando que apesar do trabalho intenso e dedicado da sua militância e da família, algo ficou faltando.

– A culpa é minha mesmo. Houve alguma coisa que eu não trabalhei direito. A desculpa eu coloco em mim mesmo. Eu assumo isso. Minha militância e minha família trabalharam demais pra mim, e todo o povo de Cajazeiras sabe do meu trabalho. Mas eu não me arrependo. Tenho mais é que agradecer a esse povo maravilhoso de Cajazeiras.

Ainda adversários

Historicamente, Nilsinho sempre fez parte do mesmo grupo político de Zé Aldemir, mas nas eleições de 2016 isso não se repetiu. Aliado da prefeita Denise Albuquerque (PSB) e do governador Ricardo Coutinho (PSB), e fiel aos seus compromissos, ele se manteve rompido com o primo.

Nilsinho ressalta que esse rompimento é apenas no campo da política partidária e não na vida pessoal, e nega que esteja havendo reaproximação com o prefeito eleito.

– Eu tenho Zé Aldemir como uma pessoa maravilhosa, que eu tenho um carinho muito grande por ele e ele tem por mim, mas infelizmente nós ficamos um de um lado, o outro do outro – resume.

Fora da vida pública, Nilsinho agora pretende voltar a dar aulas de Educação Física. Mas projeta voltar à Câmara em breve.

DIÁRIO DO SERTÃO

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