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VÍDEO: Padre de Cajazeiras diz que prisão de Lula é para destruir o partido que mais trabalhou pelo país

Monsenhor Gervásio Queiroga, de 84 anos, afirmou ainda que os discursos políticos supostamente contra a corrupção na história do Brasil são “balela”

Por Jocivan Pinheiro

06/04/2018 às 13h58 • atualizado em 06/04/2018 às 14h06

Uma das maiores lideranças religiosas da Paraíba, Monsenhor Gervásio Queiroga, de 84 anos, padre natural da cidade de Uiraúna, mas titular em Cajazeiras há décadas, vivenciou algumas das principais crises políticas brasileiras do século XX. Passou pelos governos marcantes de Gerúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, a ditadura militar, entre outros. Tamanha experiência o mostrou, lamentavelmente, que a maioria dos discursos políticos supostamente contra a corrupção na história do país é “balela”.

Gervásio Queiroga usou esse termo para se referir à suposta motivação que levou a Justiça a condenar e pedir a prisão do ex-presidente Lula. Para ele, a prisão do líder petista não faz parte de um projeto para combater a corrupção, mas sim para destruir o PT e as conquistas sociais que elevaram o patamar do Brasil nos últimos anos.

“Isso tudo é balela, é uma invenção, uma invenção para destruir o Brasil e destruir o partido que mais trabalhou pela melhoria da população e pela liberdade internacional do Brasil. Basta analisar. O Brasil ia tendo um pouquinho de consciência do seu valor e agora caiu tudo no chão de novo”, declarou o monsenhor. “Nesses mais de sessenta anos que acompanho, nunca vi uma situação tão triste, tão vergonhosa como nós vivemos hoje no país”, completa.

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Monsenhor Gervásio Queiroga

Como líder religioso que sofreu a opressão da ditadura militar, Monsenhor Gervásio Queiroga disse estar preocupado com a possibilidade de um novo golpe: “Eu vivi vinte anos de ditadura, eu sei o que é isso, eu sei o que sofri. Deus me livre de uma ditadura. Mas pode ser que aconteça”.

Ele também concorda que a prisão Lula vai elevá-lo de mito para mártir. “Hoje estão fazendo um mártir como fizeram também com Getúlio Vargas em 1954. Só que Getúlio foi mais fraco e se suicidou. O mito de hoje está acostumado na luta, no sindicalismo, já foi preso, então é mais difícil que ele se suicide. Então, vai ser um mártir na cadeia”.

Por fim, a mensagem do monsenhor é para que o povo não transforme o desapontamento com os políticos em desespero, que reze para que surjam novas lideranças democráticas e rechaça golpes de estado como solução.

“Precisamos muito de oração e não alimentar esse espírito negativo de desespero contra a linha política. Os políticos podem ter todos os defeitos, mas eles são absolutamente necessários para um país. Então, é preciso rezar muito para que Deus suscite novas lideranças, e não cair no desespero, não apelar para tentativas de golpes de estado. Romper a democracia é romper a possibilidade de crescer e melhorar”.

Monsenhor Gervásio Queiroga passou por períodos marcantes na história do Brasil

DIÁRIO DO SERTÃO

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