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VÍDEO: Professor de Cajazeiras repudia declaração de Paulo Guedes sobre novo AI-5: “Isso é patético”

Ao dizer que é "irresponsável chamar alguém para a rua pra fazer quebradeira", ministro declarou que não seria um espanto se o povo começasse a pedir novo AI-5.

Por Jocivan Pinheiro

28/11/2019 às 15h06 • atualizado em 28/11/2019 às 15h41

A declaração do ministro da Economia Paulo Guedes sobre o Ato Institucional nº 5, que ficou conhecido como AI-5 e oficialmente deu início ao período mais sombrio da ditadura militar nos anos 60 no Brasil, causou repúdio em grande parte da sociedade.

Durante entrevista em Washington, nos Estados Unidos, ao dizer que é “irresponsável chamar alguém pra rua agora pra fazer quebradeira”, Guedes declarou que não seria um espanto se o povo brasileiro começasse a pedir um novo AI-5.

O professor e escritor Carlos Gildemar Pontes demonstrou indignação com as declarações do ministro. Para ele, as autoridades legislativas e judiciárias deveriam agir em defesa da democracia e punir Paulo Guedes.

“O Brasil não suporta mais uma ditadura militar por conta das relações internacionais que tem, por conta da economia que gira em torno de outros países. Esse governo leva as pessoas que votaram nele ao ridículo de apoiarem coisas desse tipo. Querer reeditar o AI-5 não é somente um atraso, é principalmente um processo de anormalidade mental, desconhecimento completo da história”.

VEJA TAMBÉM: Governadores do Nordeste repudiam ameaças de retorno do autoritarismo

Decreto AI-5 aprofundou a repressão da ditadura militar no Brasil (Foto: Evandro Teixeira)

O decreto AI-5 foi emitido durante o governo de Artur da Costa e Silva no dia 13 de dezembro de 1968, aprofundando a repressão da ditadura militar.

“Isso é patético porque ele está olhando para a população e dizendo: ‘vocês que dão validade ao nosso governo são patéticos porque não conhecem história, não conhecem como se dá a relação econômica no mundo e a gente pode propor o que quiser que vocês aplaudem'”, completa.

Redação DIÁRIO DO SERTÃO

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