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VÍDEO: Em entrevista à TV Diário do Sertão, cajazeirense explica motivos que o levaram a largar a batina

Após ter sido bastante questionado e refletido durante três anos, Renato entendeu que não tinha condições de assumir tamanha responsabilidade e por isso abdicou do ministério

Por Diário

28/07/2022 às 12h43 • atualizado em 28/07/2022 às 12h48

O programa Diário News da TV e Rede Diário do Sertão entrevistou o professor cajazeirense Renato Moreira, coordenador do curso de direito e de graduação da Faculdade Católica de Fortaleza, que tem uma história bastante interessante na vida religiosa. Após largar a batina, ele explica os motivos que o fizeram renunciar do sacerdócio na Igreja Católica Apostólica Romana e decidiu se casar.

Renato, filho da antiga contabilista Judith Moreira e de João Estrela de Abrantes, foi ordenado padre em 2004, por Dom José Gonzales Alonso, bispo emérito da Diocese de Cajazeiras. Ele iniciou sua vida de estudo sacerdotal no Instituto Jesus Missionário dos Pobres, mais conhecido Instituto de Padre Gervásio, atuando como administrador paroquial na cidade de Marizópolis até o ano de 2007, quando começou a repensar sobre sua posição vocacional.

“Para ser uma decisão madura eu fui para Quixadá, onde havia terminado o curso de teologia e esse processo de repensar durou três anos. Em 2010 finalmente eu peço ao santo padre, o Papa, a dispensa do exercício do ministério sacerdotal. Não é a dispensa do sacerdócio, não existe. Uma vez sacerdote, sacerdote para sempre. A dispensa chegou em 2013. Em 2014 me casei na Igreja Católica Apostólica Romana.”, disse.

Cajazeirense Renato Moreira é ex-padre e hoje professor da Universidade Católica de Fortaleza-CE – foto: reprodução/Coisas de Cajazeiras

Ao falar dos desafios da renúncia sacerdotal, Renato responde que: “deixar o sacerdócio não é mudar de camisa, é trocar de vida”. Após ter sido bastante questionado e refletido durante três anos, Renato afirma que não havia condições de assumir tamanha responsabilidade, por isso abdicou do ministério. Apoiado em sua decisão pela própria igreja, ele responde sobre a possibilidade da flexibilização do casamento dos sacerdotes.

“Exerci durante seis anos o sacerdócio, sei o que é o celibato porque eu vivi. Deixei o sacerdócio e vou fazer dez anos de casado em 2023, então eu sei o que é a vida sacerdotal e o que é a vida familiar matrimonial, e com toda a segurança do mundo sou totalmente favorável a exigência que a santa mãe igreja faz, com os candidatos ao sacerdócio e os sacerdotes a respeito do celibato”, disse.

“Nós não somos animais irracionais que não conseguimos controlar nossos instintos. Segundo, eu vejo uma total incompatibilidade entre vida ministerial, sacerdócio e vida matrimonial, pelo simples fato de não poder ser padre de 7h da manhã às 17h da tarde, no horário comercial, o sacerdócio é uma atuação integral”, frisou.

DIÁRIO DO SERTÃO

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