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VÍDEO: Ex-vice-prefeito de Cajazeiras lamenta não haver museu e santuário de Padre Rolim: “Falta de gratidão”

Considerado fundador de Cajazeiras e um dos maiores educadores do Nordeste, Padre Inácio de Sousa Rolim ainda não recebeu o merecido reconhecimento da Igreja Católica, dos prefeitos e dos políticos, é o que avalia o ex-vice-prefeito

Por Luis Fernando Mifô

21/08/2023 às 18h17 • atualizado em 21/08/2023 às 18h21

Considerado fundador da importante cidade de Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, e um dos maiores educadores do Nordeste, Padre Inácio de Sousa Rolim ainda não recebeu o merecido reconhecimento da Igreja Católica, dos prefeitos e dos políticos, é o que avalia o padre Francivaldo do Nascimento Albuquerque durante o programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, nesta segunda-feira (21).

Padre Rolim nasceu em 22 de agosto de 1800 em uma fazenda de gado e algodão que mais tarde se tornaria povoado, distrito, vila e, finalmente, cidade. Faleceu em Cajazeiras no dia 16 de setembro de 1899. Devido à importância histórica do sacerdote, o dia 22 de agosto acabou se tornando o “dia da cidade”, feriado municipal em Cajazeiras, com direito a desfile cívico como se fosse, de fato, a data oficial da emancipação política. Porém, segundo historiadores, a emancipação política foi formalizada em 1863 pela lei provincial nº 92 de 23 de novembro.

O fato de considerar a data de nascimento de Padre Rolim o dia cívico mais importante do município de Cajazeiras denota consideração pela figura histórica. No entanto, para o padre Francivaldo, que já foi vice-prefeito da cidade, ainda falta valorizar o sacerdote como figura mítica, lendária, merecedora de beatificação e explorar sua imagem em função do turismo, como faz Juazeiro do Norte (CE) com o Padre Cícero, que foi aluno de Padre Rolim em Cajazeiras.

Busto de Padre Rolim em frente à Escola Nossa Senhora de Lourdes (Foto: Diário do Sertão)

Padre Francivaldo vê muito mais sinais de santidade em Padre Rolim do que no próprio Padre Cícero. Contudo, ele acusa a igreja e a sociedade de serem indiferentes ao fundador da cidade.

“Esse padre precisa ser mais olhado. Tanto é que é praticamente zero o movimento que foi feito pela beatificação dele. Isso é uma falta de fé, de zelo, falta de apreço, de inteligência de todos os seguimentos sociais, da classe política e da igreja como um todo”, disse o entrevistado.

Padre Francivaldo afirma que para reconhecer, de fato, a grandeza de Padre Cícero, a Diocese e a sociedade civil organizada devem se dedicar muito mais ao aspecto da memória, começando pela construção de um museu e de um santuário, o que até hoje nunca aconteceru. “Tem cabimento você hoje celebrar 223 anos de nascimento desse padre em nossa terra e não ter um museu?”, questiona, indignado.

“Primeiro isso é falta de gratidão, falta de inteligência, falta de compromisso com a cultura da cidade. Isso é grave. Então, essa falta, esse pecado, todos os prefeitos estão levando, todos os ex-seminaristas estão levando, e todos eles disseram que iam fazer”, acrescenta.

DIÁRIO DO SERTÃO

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