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Relatório revela 35 casos suspeitos de Guillain-Barré, mais de quatro mil da chikungunya e 26 mortes suspeitas de dengue na Paraíba

Com relação ao zika vírus, de 1º de janeiro a 25 de maio de 2016, foram registrados 2.479 casos notificados como suspeitos. Confira aqui!

Por Diário do Sertão

20/05/2016 às 04h50 • atualizado em 19/05/2016 às 19h00

Secretaria emite relatório de doenças na Paraíba

No período de 1º de janeiro a 7 de maio deste ano (18ª semana epidemiológica de sintomas), foram notificados na Paraíba 28.203 casos prováveis de dengue, segundo o boletim divulgado nesta quinta-feira (19) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em 2015, no mesmo período, foram registrados 9.015 casos suspeitos da doença, evidenciando um acréscimo de 212,84%.

Foram registrados 26 óbitos suspeitos de dengue, sendo três confirmados, sete descartados e 16 seguem em investigação. Segundo a Gerência Executiva de Vigilância em Saúde da SES, a investigação cursa com busca de informações domiciliares, ambulatoriais e hospitalais, conforme Protocolo do Ministério da Saúde.

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No mesmo período foram notificados 4.111 casos suspeitos de chikungunya. Foram notificados também sete óbitos suspeitos da doença, sendo dois confirmados e os demais em investigação. Os municípios que apresentaram as notificações foram: Monteiro (1), Aroeiras (1), João Pessoa (2), São José do Umbuzeiro (1), Soledade (1) e Santa Cecília (1).

O Boletim Epidemiológico Nº5 destaca que a faixa etária dos óbitos suspeitos para dengue e chikungunya varia de recém-nascido até 92 anos, o que mostra a susceptibilidade independente da idade. “Destacamos que a estratégia mais efetiva para evitar os óbitos causados pela dengue, zika e chikungunya é a detecção precoce dos casos suspeitos combinada com o manejo correto, de acordo com o agravo. Ao apresentar sintomas, o usuário deve procurar imediatamente a Equipe de Saúde da Família ou serviço de saúde mais próximo”, recomenda a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega.

Com relação ao zika vírus, de 1º de janeiro a 25 de maio de 2016, foram registrados 2.479 casos notificados como suspeitos (Sinan NET). Existem atualmente na Paraíba três Unidades Sentinelas do zika vírus implantadas (Bayeux, Campina Grande e Monteiro), conforme recomendação do Ministério da Saúde.

Situação Laboratorial – Em 2016, foram analisados pelo Lacen-PB 2.536 amostras sorológicas para dengue (360 reagentes, 2.075 não reagentes e 100 indeterminadas). Este ano já existem exames comprobatórios da circulação da doença em 80 municípios.

Para todos os casos com sinais de alarme, graves e óbitos suspeitos de dengue, a SES recomenda a coleta oportuna e envio imediato ao Lacen-PB.

Quanto ao zika vírus, em 2015 foi detectada a doença aguda por este vírus nos municípios de João Pessoa, Campina Grande, Olivedos e Cajazeiras. Já em 2016, exames laboratoriais comprovaram a circulação da doença nos municípios de Caldas Brandão, João Pessoa, Guarabira, Conceição, Pilões, Itabaiana e Campina Grande.

Guillain-Barré e outras manifestações neurológicas – Foram informados pelos serviços hospitalares, de julho de 2015 até o momento, 35 casos suspeitos, sendo 16 descartados, 4 confirmados e 15 em investigação por suspeita de ter correlação com chikungunya/ zika vírus/ dengue.

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A SES, por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde, vem recomendando a todos os serviços de saúde a comunicação à Área Técnica Estadual da Vigilância Epidemiológica e a Coordenação Estadual dos Núcleos Hospitalares de Vigilância Epidemiológica, por meio de formulário com dados específicos, com o objetivo de acompanhar e investigar quais possíveis agentes etiológicos desencadearam as manifestações neurológicas com infecção viral prévia de até 60 dias antes.

Vigilância Ambiental – Para o controle vetorial, a Gerência de Vigilância Ambiental – SES recomendou a realização do LIRAa no mês de abril, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. O levantamento foi realizado em 194 municípios. Destes, 29 (13%) foram classificados como satisfatórios, 91 (41%) em alerta, 74 (33%) como em risco e 29 municípios (13%) não informaram seus resultados.

O Boletim Epidemiológico ressalta que os municípios de Fagundes, Olivedos, Sousa, Riacho dos Cavalos, Lagoa Seca, Juazeirinho, Cajazeiras, Uiraúna, Pocinhos, Solânea, Nova Floresta, Nazarezinho, Alagoa Grande, Pedra Lavada e Santa Terezinha tiveram aumentos consideráveis nos Índices de Manifestação pelo Aedes aegypti em comparação ao LIRAa de março de 2015.

Mudança na Portaria de Notificação Compulsória – Na Portaria GM Nº 204, de 17 de fevereiro de 2016, ficou definido que todo óbito suspeito de chikungunya deve ser informado imediatamente à SES. Permanece a orientação de que todo caso suspeito deve ser notificado.

Além disso, desde o dia 17 de fevereiro, ficou instituída também a notificação obrigatória para todos os casos suspeitos de zika vírus. A notificação deve ser registrada no Sinan Net. Nos casos suspeitos de zika vírus em gestante e óbitos suspeitos da doença, as Secretarias Municipais de Saúde devem comunicar em até 24 horas à SES, por meio do Cievs (98828 2522) e Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas (3218-7493). A SES destaca que a notificação para os três agravos (dengue, chikungunya e zika vírus) deve ocorrer de acordo com a clínica mais compatível e definição de caso, conforme Ministério da Saúde.

Assessoria

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