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População de cidade da região de Sousa denuncia três casos de calazar em um só local e relata muito medo de surto da doença: “Assustada”

"Entramos em contato com a Secretaria do município, que disse não ter nada haver, pois a população tinha que saber onde estava o foco da doença". Disse

Por Diário do Sertão

07/04/2017 às 19h03 • atualizado em 08/04/2017 às 07h39

A denúncia é da cidade de Marizópolis (Foto ilustrativa)

A população de Marizópolis, na região de Sousa está assustada com os registros de Leishmaniose (Calazar), feitos na cidade sertaneja. Foi assim que definiu uma internauta do Diário do Sertão sobre a saúde pública do município. Ela pediu para não ser identificada, pois teme represálias.
A internauta contou que somente no Bairro Queimadas forram registrados três casos de calazar em humanos, e nada foi feito por parte do município para tentar prevenir novos casos.

+ Cajazeiras já registrou esse ano 203 casos de Calazar. Ano passado foram 271 casos até o mês de dezembro

Ela relatou que dois casos foram registrados no final do ano passado, inclusive uma idosa teria chegado a óbito. E a terceira pessoa infectada foi diagnosticada esta semana com a doença e é da mesma família da idosa que faleceu.

“Entramos em contato com a Secretaria de Marizópolis, que disse não ter nada haver, pois a população tinha que saber onde estava o foco da doença. Aqui está todo mundo com medo”, lamentou a moradora

Em Cajazeiras, no ano de 2015 foram registrados 271 casos até o mês de dezembro, sendo 11 em humanos, que resultaram em duas mortes.

O outro lado
O secretário de Saúde, Rodrigo Melo negou o registro dos casos em Marizópolis, mas confirmou que uma pessoa contraiu a doença no ano passado e há um paciente internado no Hospital Regional de Cajazeiras diagnosticado com calazar.

Rodrigo explicou que no caso desse paciente internado no HRC, não se sabe ainda qual domicílio ele faz parte, pois teria moradia também em Cajazeiras.

Quanto a política de saúde pública adotada no local apontado pela denunciante ao Diário do Sertão, ele informou que houve detetização para combater o mosquito transmissor.

A doença é transmitida por um mosquito (Foto ilustrativa)

Calazar
Também conhecida como Leishmaniose, que durante muito tempo era restringida ao protozoário, que é o seu causador, através do mosquito – palha transmissor direto aos animais que se tornam hospedeiros definitivos principalmente os roedores.

A doença compromete os órgãos viscerais, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. O Calazar costuma se propagar nas regiões rurais sendo comum no nordeste brasileiro. Nos centros urbanos essa doença começa a ser uma ameaça devido à grande quantidade de animais soltos nas ruas.

Com a proliferação da doença e o não tratamento adequado essa doença tende a se manifestar e crescer. Vale lembrar que a doença não se transmite entre animais, pessoas ou cachorro para pessoas e vice-versa, sendo transmitido apenas pela picada do mosquito fêmea infectado.

A pessoa infectada passa a se sentir febril, cansado, nota um aumento de volume em seu fígado e seu baço, com a evolução da doença surge anemia, hemorragias nasais, gengivais e intestinais, queda dos cabelos entre outros sintomas e sinais. A morte poderá sobrevir por distúrbios respiratórios, circulatório e etc.

O Calazar faz cerca de 500 mil vítimas a cada ano em todo o mundo. Para prevenir o Calazar é necessário combater ao inseto adulto e aos criadouros, com inseticidas, o uso de telas na janelas, o uso de repelentes para impedir as picadas do mosquito-palha, o principal é evitar circular em ambientes de mata fechada. Lembrando sempre que essa doença é visceral, o que implica no agravamento do quadro quando os sintomas não são diagnosticados precocemente.

DIÁRIO DO SERTÃO

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