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VÍDEO: Médico revela detalhes sobre casos de aids em Cajazeiras e deixa mensagem para portadores do HIV

Número de contaminações cresce e tem preocupado profissionais de saúde no Brasil, como é o caso do ginecologista Oscar Sobral, que atua na região de Cajazeiras

Por Jocivan Pinheiro

15/08/2019 às 15h51 • atualizado em 15/08/2019 às 15h59

De 2007 até junho de 2018, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde – Sinan, 247.795 casos de infecção pelo vírus HIV no Brasil, sendo que 117.415 (47,4%) na região Sudeste, 50.890 (20,5%) na região Sul, 42.215 (17,0%) na região Nordeste, 19.781 (8,0%) no Norte e 17.494 (7,1%) na região Centro-Oeste.

O número de novas contaminações cresce e tem preocupado profissionais da área de saúde no Brasil, como é o caso do ginecologista Oscar Sobral, que atua na região de Cajazeiras, Sertão da Paraíba.

Segundo Oscar Sobral, os gráfico de casos de aids no Brasil têm apresentado aumento, e isso também está relacionado ao fato de que, atualmente, é mais fácil realizar exame na rede pública de saúde. Dr. Oscar pede aos secretários de Saúde dos municípios do Sertão paraibano que façam campanhas sistemáticas de conscientização.

“Claro que a procura também aumentou, no sentido de fazer um melhor diagnóstico na rede pública. Nas Unidades Básicas de Saúde é um exame de rotina. Nas maternidades e nos hospitais são fáceis os testes rápidos que têm aumentado consideravelmente o diagnóstico. Mas o que nós estamos vendo também é que muitos pacientes têm procurado os laboratórios para fazer exames e tem dado alguns casos positivos, principalmente na nossa região”.

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Boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Governo Federal

O Brasil foi um dos primeiros países, entre os de baixa e média renda, a fornecer tratamento gratuito para pessoas que viviam com aids. Isso ocorreu em 1996, graças ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda é preciso muito mais para mudar essa realidade.

Dr. Oscar Sobral ressalta que também aumentaram os casos de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), e que educação em saúde é o principal caminho para reduzir os índices.

“[aumento dos casos ] é uma prova que está havendo realmente falta de atenção dos jovens em usar preservativo, até porque é maior o número de casos em adultos jovens, o que nos preocupa. Não significa, também, que não temos casos de pessoas idosas”.

Médico ginecologista Oscar Sobral

O Brasil conta com uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (TARV) entre os países de média e baixa renda: mais da metade (64%) das pessoas que vivem com HIV recebe tratamento gratuito, segundo relatório da Unaids. Pesquisadores acreditam estarem perto de descobrirem a cura para a o vírus da aids.

“Procure o apoio de Deus e faça uma adesão ao tratamento. Procure uma equipe médica. Vá na Unidade da Família mais próxima à sua casa. Se você está encabulado, quando você tiver acesso ao consultório do médico, ele vai guardar sigilo, não vai dizer a ninguém que você é portador, vai lhe encaminhar para que você faça os exames de rotina e lhe organizar para que você fique recebendo o medicamento”, disse Dr. Oscar, orientando as pessoas que são soropositivas.

“Hoje em dia, com o advento do coquetel, as pessoas têm uma vida saudável. Houve uma melhora muito grande da qualidade de vida do paciente portador da síndrome, e com isso ele deixou de ser uma ‘assombração'”, completou.

Redação DIÁRIO DO SERTÃO

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