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VÍDEO: “Situações deploráveis” motivam Coren-PB a interditar Unidades Básicas de Saúde, revela presidente

Rayra Beserra explicou que as interdições de UBS vem acontecendo principalmente em João Pessoa e Campina Grande, mas que em todo estado está tendo a operação

Por Diário

07/02/2023 às 18h02 • atualizado em 07/02/2023 às 18h06

Em entrevista ao programa Olho Vivo, da TV Diário do Sertão, a presidente do Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB), Rayra Beserra, falou sobre as interdições de Unidades Básicas de Saúde (UBS) que vem acontecendo no estado e das dificuldades enfrentadas por profissionais da enfermagem no sistema de saúde paraibano.

“Nós estamos fazendo essa fiscalização em massa, em alguns municípios, para que possamos levantar a situação atual e caminhar com os tramites que nós temos dentro do conselho”, disse Rayra.

A enfermeira falou que as interdições de UBS vem acontecendo principalmente em João Pessoa e Campina Grande, mas que em todo estado está tendo a operação.

“Essas unidade básicas tem sido interditadas pelo Coren porque nós temos encontrado situações deploráveis. Tanto em João Pessoa como em Campina Grande e no Sertão. No Sertão nós temos exemplos de PSFs [Programa de Saúde da Família ], mas também temos PSFs que estão necessitando de reforma urgente para salvaguardar a própria vida da equipe e da população”, ressaltou.

Ela explicou que o Coren interdita a unidade em dois casos: quando não há o profissional de enfermagem no local e quando as condições da instituição, setor ou UBS estiverem colocando em risco a vida do profissional de enfermagem e/ou do paciente.

Rayra Beserra destacou uma situação que aconteceu em um município do Sertão, em que a equipe do Coren encontrou, durante a pandemia, um hospital que estava apenas com profissionais da equipe de enfermagem.

“Nós chegamos e a enfermagem estava sozinha segurando o hospital com pacientes COVID gravíssimos, sem nenhum outro profissional da saúde, só a enfermagem. Sem recursos, sem equipamentos”, a enfermeira disse que o Coren acionou a gestão do município e que só saíram da unidade depois da chegada de outros profissionais da saúde para da suporte a equipe.

“Foi muito triste ver profissionais de enfermagem sem saber o que fazer  olhando um para o outro. Quando a gente chegou viu no Coren um respiro, um apoio, uma ajuda”, lamentou.

A presidente do Coren informou também que qualquer pessoa da sociedade pode denunciar junto ao órgão situações em que presenciem profissionais de enfermagem que estejam sobrecarregados.

“O Coren é uma autarquia púbica federal que visa, dentre outras atribuições, proteger o profissional de enfermagem e a sociedade de situações inadequadas. A sociedade tem direito de cobrar porque está pagando imposto para que o hospital funcione bem e com a equipe completa”, destacou.

DIÁRIO DO SERTÃO

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