VÍDEO: Psicólogo conta origem do Setembro Amarelo e diz que é possível perceber sinais em quem não está bem

É possível perceber em outra pessoa sinais de que ela está passando por problemas emocionais que podem culminar em atos extremos? Essa é apenas uma das centenas de dúvidas com as quais os profissionais da psicologia e psiquiatria lidam e que recebem maior enfoque durante a campanha Setembro Amarelo de valorização da vida.

Para tirar algumas dúvidas, nós batemos um papo com o psicólogo Fagner Gonçalves sobre saúde mental e Setembro Amarelo. Na primeira parte da entrevista, ele destaca que a finalidade da campanha é discutir prevenção e ajudar a derrubar tabus.

“Diferentemente do que as pessoas imaginam, a pessoa demonstra, sim, sinais de que ela não está bem emocionalmente e que está tendo algum problema nesse processo”, avisa o psicólogo.

Entre os diversos sinais, Fagner citou alguns, como isolamento social, tristeza frequente, distância de atividades que antes eram prazerosas, o trabalho sendo afetado, a cognição e outros.

“Isso tudo são sinais que, geralmente, as pessoas mais próximas podem identificar com mais clareza em relação a outras pessoas que estão um pouco mais distantes”, acrescentou o psicólogo.

Campanha Setembro Amarelo discute prevenção e ajuda a derrubar tabus (Crédito: Internet)

Por que Setembro Amarelo?

A história real que inspirou a escolha da cor amarela como símbolo da campanha de valorização da vida é trágica. Tudo começou após o adolescente norte-americano Mike Emme ter sido encontrado morto dentro de um carro modelo Mustang que ele reformou e pintou de amarelo.

Mike era um jovem aparentemente feliz, querido pela família e pelos amigos. Todos o viam como um garoto entusiasmado com a vida, engraçado e caridoso. Mas na noite de 8 de setembro de 1994, seus pais chegaram em casa e se depararam com Mike morto dentro do Mustang amarelo, em decorrência de um tiro. Ao seu lado havia um bilhete escrito: “Mãe, pai, não se culpem. Eu amo vocês. Com amor, Mike. 11:45 pm”.

Apesar da tragédia ter devastado a família, os pais de Mike começaram a incentivar outros jovens que estivessem passando por problemas semelhantes a procurarem ajuda. No sepultamento, amigos e parentes levaram uma grande cesta com centenas de cartões e cada um estava preso a uma fita amarela, em homenagem ao carro de Mike. Nos papéis a mensagem: “Se você precisar, peça ajuda”.

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