header top bar

section content

VÍDEO: Comunidade quilombola de Pedra Branca poderá ser reconhecida pela Fundação Cultural Palmares

A comunidade quilombola 'Poço do Angico' conta hoje com 78 moradores, 25 famílias e 72 sócios que são filhos do quilombo, mas que moram na cidade

Por Priscila Tavares

05/07/2023 às 19h00

A comunidade rural quilombola ”Everton Ferreira Coutinho Poço do Angico”, da cidade de Pedra Branca, no Vale do Piancó, Sertão paraibano, será reconhecida pela Fundação Cultural Palmares (FCP), que trabalha para promover a valorização da história e das manifestações culturais e artísticas negras brasileiras como patrimônios nacionais.

De acordo com Thiago Rufino, representante do movimento na Paraíba, a valorização fortalece a identidade do povo negro no Sertão. Em entrevista concedida a Geudo de Souza da rádio Pedra Branca FM, emissora que integra a Rede Diário do Sertão, durante as festividades do ‘João Pedro’ na cidade, Thiago falou sobre a importância do apoio municipal e da relevância histórica da comunidade quilombola.

“A gente sabe que Pedra Branca tem uma história riquíssima nas comunidades negras, como das quilombolas que em breve serão reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares, a nível de Brasil e nós como coordenação, eu estou aqui como articulador, juntamente com a companheira Preta desse município, estamos nessa missão de fazer essa articulação aqui no Alto Sertão com 22 comunidades quilombolas. O nosso presidente José Amaro, representando 41 comunidades quilombolas no estado. Estamos nessa luta para fortalecer, para que as comunidades quilombolas possam cada vez mais valorizar sua história, possam assumir a sua identidade”, afirmou.

Apresentação cultural em Pedra Branca (Foto: Divulgação)

A comunidade quilombola ‘Poço do Angico’ conta hoje com 78 moradores, 25 famílias e 72 sócios que são filhos do quilombo, mas que moram na cidade. Durante a festividade do ‘João Pedro’, um grupo de danças africanas se apresentou em praça pública com 19 componente mostrando toda força cultural de suas raízes.

Thiago Rufino afirma que está acompanhando de perto, todo o processo necessário para que as comunidades de Pedra Branca possam receber o reconhecimento pela Fundação Palmares.

“Vamos valorizar a história de vocês, vamos assumir nossa identidade, vamos bater no peito. Os quilombos, como contexto histórico que nosso país mostra, foram locais de refúgios em busca da liberdade para poder sair do sistema escravocrata existente naquela época. Ser quilombola representa liberdade, temos que ocupar esses lugares”, enfatizou.

Apresentação cultural em Pedra Branca (Foto: Divulgação)

A FUNDAÇÃO PALMARES

É a representação no Estado brasileiro, que, por força da Lei nº 7668, tem como missão a promoção e preservação da cultura negra e afro-brasileira. São 24 anos atuando em parceria com a sociedade e o movimento negro em defesa dos quilombolas, das religiões de matriz africana e das ações afirmativas com o objetivo de eliminar as desigualdades históricas e as discriminações raciais, étnicas e religiosas.

Confira fotos do evento:

DIÁRIO DO SERTÃO

Recomendado pelo Google: