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VÍDEO: Padre alerta que ribeirinhos de Boqueirão vivem clima de ‘terror’ por causa do risco de inundação

Sempre que começam as chuvas intensas na região, ribeirinhos temem uma catástrofe devido ao aumento do volume do manancial

Por Luis Fernando Mifô

16/04/2024 às 16h05 • atualizado em 16/04/2024 às 17h41

Na coluna Direto ao Ponto desta terça-feira (16), o padre Francivaldo Albuquerque fez um alerta a respeito da situação dos ribeirinhos que moram próximos ao açude Engenheiro Avidos, em Cajazeiras. Esse reservatório, que é popularmente conhecido como Boqueirão de Piranhas, está enchendo rapidamente com as chuvas e existe o risco de inundação, segundo os moradores. Padre Francivaldo avisa que haverá uma manifestação de moradores nesta quarta-feira cobrando providências das entidades públicas que cuidam do açude.

“É preciso uma palavra técnica do engenheiro do DNOCS, da Aesa. Como estão omissos, o povo vai pras ruas amanhã, perder tempo, sair de casa, deixar de trabalhar para ir fazer protesto para que as autoridades se pronunciem. Isso é uma vergonha, é um absurdo”, protestou o colunista.

O que acontece em Boquerão

Há pelo menos quatro anos, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) vem executando a recuperação da parede e das comportas de Boqueirão. Para possibilitar os trabalhos, foi feita uma barragem de areia, chamada de ensecadeira, mas que está quase sendo superada pela água do açude.

A vazão pelas comportas já está causando prejuízo para produtores do perímetro irrigado de São Gonçalo, no município de Sousa, e das várzeas de Sousa. O que os ribeirinhos de Cajazeiras pedem é que alguma providência seja tomada para evitar que Boqueirão transborde por sobre a barreira da ensecadeira e provoque uma catástrofe de grandes proporções.

Padre Francivaldo afirma que os ribeirinhos vivem clima de ‘terror’ quando as chuvas começam. “Quem sabe, faz a hora. Então é preciso fazer essa hora hoje, urgente, para que essa comuniadde não fique assim, pessoas com problemas psicológicos, noites sem dormir, pessoas já pensando em mudar de lugar, enfim, com uma possível chuva de 200 milímetros ou 300 em Boqueirão.”

O que diz o DNOCS

Através de uma nota de esclarecimento, o DNOCS afirma que “algumas medidas estão sendo tomadas na barragem” e que após uma diminuição de 10cm no volume do açude, “uma equipe especializada está realizando monitoramentos contínuos no local”.

“O DNOCS já está com profissionais mobilizados com equipamentos, trabalhando na elevação da cota do coroamento e, se necessário, promover o içamento das comportas do vertedouro para uma maior descarga do volume de água”, diz a nota.

DIÁRIO DO SERTÃO

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