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Lidiane Abreu

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100 dias. Temos o que comemorar?

14/04/2011 às 09h50

Sim. O simples fato de não ter Maranhão como governador já é motivo de festa. Saber que a Paraíba não está mais sob o jugo do atraso coronelista me deixa contente. O que vier pela frente é lucro. A única certeza que tenho com os 100 dias do governo de Ricardo Coutinho é que pior que seu antecessor ele não vai ser. Um bom começo.

A meu ver, o povo paraibano que votou em Ricardo (e o que não votou também) tem motivos de sobra para comemorar o início de uma nova postura política. Que não é nada surreal ou abstrata, apenas uma postura republicana que deveria ser obrigação para todo gestor. A nova postura que me refiro, diz respeito ao uso inteligente e honesto dos recursos públicos, que não caem do céu, saem apenas do bolso de quem paga imposto. Seja rico ou pobre.

Zelar o dinheiro público e não queimá-lo em obras eleitoreiras e sem finalidade já é um bom começo para um governo de apenas 100 dias. Um governo que ainda luta para se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. Lei que deveria ser seguida à risca pelo governo passado, mas que numa busca desenfreada pelo poder, vitimou não só o Estado, mas toda uma população que depende da excelência dos serviços públicos.

Os opositores criticam Ricardo porque ele não conseguiu, como num passe de mágica, transformar a Paraíba. Isso aconteceu com Lula em 2003, seu primeiro ano de governo. O resultado a gente vê agora; um País em crescimento, organizado, grande, firme e mais respeitado. Se Ricardo seguir a mesma trajetória do governo Lula, teremos sim, muito mais o que comemorar.

A crítica que faço aos 100 dias recai mais sobre a equipe de Ricardo do que ao próprio governador. Precisam avançar mais nas ações de suas secretarias e lembrar que agora fazem parte do governo. Não estão mais na Oposição. Portanto, discurso por discurso não tem efeito prático e não faz o governo avançar. Não vou citar nomes para não constranger determinados membros do governo. Mas o próprio governador conhece as vacas que não dão leite. E fará mudanças em breve.

Em alta – Nos 100 dias, os que mais se destacaram no governo de Ricardo foram: Walter Aguiar, Nonato Bandeira, Rômulo Gouveia e Gustavo Nogueira. Uma ressalva para Walter Aguiar, que logo mais vai juntar “37” deputados na bancada ricardista. Esse sabe cozinhar a oposição, afinal, ele é “chef”. O resto precisa melhorar, e muito. O próprio governador cansou de dizer que ninguém tem cadeira cativa na gestão girassol. Ninguém.

A ilusão de Raissa – Poucos perceberam, mas a saída da vereadora Raissa Lacerda do DEM para o PSD revela uma vontade que ela tem de ser indicada como candidata a vice-prefeita na chapa de Luciano Agra em 2012. Coitada, não sabe ela que a vaga de vice já foi definida e será do PSB, como em 2008.

Veneziano e o “tiro no pé” – Foi um verdadeiro “tiro no pé” a crítica do prefeito Veneziano, cobrando que Rômulo e Romero se empenhassem para trazer recursos para o maior São João do Mundo. O cabeludo cobra unidade e apoio, mas, se realmente está preocupado com a população, porque ele não orientou os deputados federais do PMDB a comparecerem ao encontro da bancada paraibana com Ricardo Coutinho em Brasília no mês de março?

Competência – O gerente operacional da Casa da Cidadania de Campina Grande, Olavo Rodrigues, está desenvolvendo um trabalho excelente. Em poucos meses, Olavo reduziu as filas no atendimento, ampliou serviços e moralizou o órgão. Acima de tudo, a Casa da Cidadania está tratando a população com respeito. Olavo serve de exemplo para muitos auxiliares de Ricardo que andam acomodados demais. Ou então, caíram de vez no amorfismo da gestão pública.

PT nanico – Não fossem os três deputados estaduais e um federal, o PT da Paraíba já estaria classificado entre os partidos nanicos. A gula de Rodrigo Soares fez com que o PT perdesse o cargo que hoje é ocupado por Rômulo, já que existia a possibilidade de uma composição na chapa de Ricardo Coutinho. Aliás, todos os ex-presidentes do PT usaram o partido para projetos pessoais. Todos. Inclusive, Luiz Couto e Frei Anastácio.

Lidiane Abreu

Lidiane Abreu

Estudante do curso de Licenciatura em História (UFCG) e redatora do portal Diário do Sertão.

Contato: [email protected]

Lidiane Abreu

Lidiane Abreu

Estudante do curso de Licenciatura em História (UFCG) e redatora do portal Diário do Sertão.

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