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Alexandre Costa

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8 de janeiro: golpe, terrorismo ou baderna?

24/01/2023 às 18h39

Imagem da invasão de manifestantes ao Congresso, STF e Palácio do Planalto - foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Alexandre Costa – Intentona golpista? Terrorismo ou pura baderna?  O abominável episódio do último 8/1 deixou perplexa a sociedade brasileira com as cenas de barbárie protagonizadas por uma turba ensandecida depredando e destruindo a sede dos três poderes em Brasília. Como chegamos a isso?

Ataques pontuais a sede de poderes em Brasília não é algo novo. Mas esse ataque sistemático e simultâneo aos três poderes no mesmo dia e hora, sim!

No ano 2006, em pleno governo Lula II, a Câmara dos Deputados foi Invadida e destruída por um grupo de militantes do MLST comandados pelo extremista radical de esquerda, Bruno Maranhão. O então presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo, pediu a prisão imediata de Maranhão, mas foi imediatamente forçado a recuar pelo próprio presidente Lula. A lealdade com o companheiro e o compromisso com a “causa” falou mais alto.

Em 2013, originado em São Paulo com o Movimento do Passe Livre que se espalhou por todo o país, uma horda enfurecida de manifestantes formados por comunistas empunhando bandeiras vermelhas e nacionalistas bradando palavras de ordem, invadiram aos milhares o Congresso Nacional quebrando e destruindo tudo que viam pela frente. Era um protesto contra os parlamentares, governador do Distrito Federal e os astronômicos gastos da Copa do Mundo de 2014. Investiram contra a Esplanada dos Ministérios chegando a atear fogo na sede do Ministério das Relações Exteriores (Palácio do Itamaraty), mas foram rechaçados bravamente pela polícia do Congresso Nacional. Ninguém ficou preso ou foi indiciado.

Brasília também foi depredada e ficou em chamas em 2017. Os prédios do Ministério da Agricultura e da Fazenda foram invadidos e vandalizados no governo Temer durante a marcha Ocupa Brasília organizados pelas centrais sindicais e grupos radicais de esquerda contrários a reforma da previdência que exigiam a destituição do presidente com uma imediata convocação de eleições diretas. Temer agiu rápido, colocou as forças armadas nas ruas (algo que Lula poderia ter feito) invocando um dispositivo legal, a Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Entre os inúmeros presos, desconheço alguém condenado por ato golpista ou terrorista.

O grande desafio do Xerife da República nessa barbárie do 8/1 é distinguir e punir na dosimetria certa os mais dos seus 1400 presos, estabelecendo a diferença entre um simples manifestante, “Maria vai com as outras”, e um contumaz baderneiro, entre um militante político e um golpista.

As derrubadas de torres de linhas de transmissão de energia e a tentativa de explosão de um caminhão-tanque em uma avenida de acesso ao aeroporto de Brasília são fatos gravíssimos que tem que serem apurados em toda sua extensão para identificar o autor ou autores e enquadra-los como terroristas na Lei de Segurança Nacional. Isso sim é terrorismo. O resto é narrativa ideológica fajuta.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Alexandre Costa

Alexandre Costa

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

Alexandre Costa

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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

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