Com o queijo e a faca nas mãos

Zé Aldemir e Corrinha. Foto: Divulgação

Por Josival Pereira – O ex-prefeito Zé Aldemir, o mais audacioso e temerário dos seres políticos em atuação em Cajazeiras, já tornou efusivamente pública posição em defesa do palanque único na campanha eleitoral que se avizinha. Ou seja, que, agora, todas as forças deverão frequentar o palanque do governador João Azevedo e do futuro governador e candidato Lucas Ribeiro.

Para ser ainda mais arremessado, Zé verbalizou eloquentemente o nome do deputado Chico Mendes entre aqueles que devem compor o palanque, certamente, junto com o também deputado Junior Araujo e a prefeita Corrinha Delfino.

Só lembrando: Zé, Junior e Corrinha, por articulação do deputado Aguinaldo Ribeiro, fizeram as pazes com o governador João Azevedo, com quem mantinham relação atribulada desde a campanha eleitoral para prefeito em 2024.

O deputado Chico Mendes, líder do governo na Assembleia, por sua vez, não deverá refutar a tese do palanque único, por ter atuado sempre rigorosamente alinhado ao governador João Azevedo e já ter revelado algumas vezes resiliência em relação à ideia de união política em favor de Cajazeiras e da região.

O ponto é que a cidade de Cajazeiras está com o queijo e a daca nas mãos. Todas

suas principais lideranças politicas estão marchando no mesmo compasso político.

Trata-se de acontecimento sem igual na história política da cidade, se se deitar a vista e a memória algumas dezenas de anos atrás. Nem no período em que o conterrâneo Ivan Bichara era governador se conseguiu tal proeza.   Ivan teve que conviver com aliados separados na Arena 1 e Arena 2 e foi derrotado para o Senado, nas eleições  de 1978, com o concurso da candidatura do então deputado Bosco Barreto,  numa sublegenda do MDB.

Não se pode deixar de aquilatar a grandeza desse momento, menospreza-lo nem perder de vista, mesmo que, em alguns momentos, as entranhas sejam obrigadas a ser contidas ou se tenha que engolir a desfaçatez política.

A ideia maior é que o momento seja aproveitado para se remover todos os obstáculos à solução de problemas e ao desenvolvimento de Cajazeiras.

A hora é agora de se tirar do papel o parque do Açude Grande,  de se concluir o saneamento da cidade, de ampliar os equipamentos de saúde e transformar Cajazeiras num polo regional de saúde, de agilizar a implantação do polo tecnológico e fazer da cidade um centro de ensino tecnológico, de abrir a cidade com as avenidas transversais ou coisa parecida, de se buscar a implantação de novo distrito industrial com indústria, etc.,etc.,etc.

São essas as cobranças implacáveis que a sociedade precisa fazer a partir de agora aos deputados Junior Araujo e Chico Mendes, ao ex-prefeito Zé Aldemir, à prefeita Corrinha Delfino. Há muita peso político concentrado nesse grupo e muita energia concentrada no gesto de união, embora ele não tenha sido gestado pela ação espontânea e consciente de cada um. Cobranças essas que devem também  ser dirigidas ao deputado Aguinaldo Ribeiro e ao governador João Azevedo, artífices e fiadores desse momento político ímpar.

Já agora, no final da composição desse texto, há de se questionar se não se pôs muita empolgação nele. Talvez. Mas é que existem muitas possibilidades geradas com os fatos produzidos nos últimos dias. Claro que haverá sempre a possibilidade prevalente na política de que tudo esteja sendo movido ou removido por interesses pessoais. Aí, se assim for, paciência, a desfaçatez ou a safadeza terão reinado outra vez.

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Josival Pereira

Jornalista com passagem em várias emissoras de rádio, TV e jornal da Paraíba.

Contato: [email protected]