A campanha está nas ruas
A postura dos possíveis candidatos a prefeito de Cajazeiras demonstra e é mais do que visível que estejam em plena campanha. O aparecimento de uma pesquisa, publicada pela Revista Politika, editada na capital do estado, nos dá uma efêmera posição de como se encontram os que o povo deseja eleger prefeito de Cajazeiras.
Qualquer pesquisa realizada hoje é um flagrante de baixa relação com o que poderá acontecer em outubro do ano que vem, como o era até o último dia 16 de maio, quando pensávamos que Dr. Léo Abreu seria o candidato a prefeito e com sua renúncia, hoje o postulante natural do grupo da situação é Carlos Rafael. Em política, tudo é altamente imprevisível, até as pesquisas.
A pesquisa recém divulgada diz muito pouco sobre a real situação e indica apenas em quais candidatos os entrevistados votariam e nada mais. Foi como se estivéssemos caminhando numa estrada em sentido contrário. Os números que indicam que Carlos Antonio está na frente de Carlos Rafael com 8,8% (Carlos Antonio com 42,4% e Carlos Rafael com 33,6%), têm pouco significado, sem termos outros números para podermos fazer uma comparação: e o mais importante seria o percentual de rejeição de cada um deles, dado que a pesquisa não mostrou.
A pesquisa também não mostra os números por região, principalmente para se saber onde estão os 12% de indecisos se na periferia, nos bairros de classe média ou no centro?
Os dois grupos políticos da cidade estão, nos últimos dias, num embate feroz, a negociar a aquisição de partidos políticos, para chegarem mais fortes na composição de suas forças políticas, mas tudo ainda está muito imprevisível.
Acredito que todos deverão fazer uma pesquisa qualitativa para saber quais as frustrações, os erros, os desejos e anseios do povo, principalmente a partir do mês de janeiro quando todos os postulantes começarão a percorrer a trilha do penhasco e nela qualquer vacilo será fatal.
Os “deserdados do governo Léo Abreu” vão votar em quem? E Jeová Campos, que foi decisivo para eleger Léo Abreu na última eleição, como será o seu comportamento? E o deputado Antonio Vituriano que na eleição de 2008 não subiu nenhuma vez no palanque, qual vai ser o seu nível de envolvimento? A preço de hoje, embora esteja com o poder nas mãos, a engenharia política para compor o grupo da situação, talvez seja mais difícil e complicada do que o da oposição.
O “excrete carlista” tem perdido alguns jogadores que formaram no seu time nas eleições de prefeito de 2008, ao assinarem a ficha de adesão ao grupo do prefeito Carlos Rafael, mas os itens dos acordos não foram divulgados. Estes “contratos” vingam?
As oposições de Cajazeiras têm nas mãos um trunfo que poderá dar uma contribuição valiosa na composição do jogo, que é o governo do estado, que dependendo do ritmo das obras que prometeu executar em Cajazeiras, poderá ser, ao lado do senador Cássio da Cunha Lima, um reforço de peso para a campanha de Carlos Antonio.
O deputado estadual José Aldemir Meireles, com certeza, deverá retribuir a Carlos Antonio todo o apoio e o desempenho para que retornasse a Assembléia Legislativa do Estado. José Aldemir será uma peça fundamental na campanha de Carlos Antonio e tem amplas chances de indicar o seu fiel aliado e amigo Marcos Barros, o vereador mais votado do seu grupo para a Câmara de Cajazeiras, como candidato a vice de Carlos Antonio. Marcos tem tido, por parte do fogo amigo, encontrado resistências ao seu nome, além de outros postulantes à disputa de vice.
Não basta apenas uma mídia bem feita e inteligente, mas a ela deve vir associada um grande volume de dinheiro, que será bastante valiosa, ainda nestes “grotões de miséria”, que ajuda a mudar a opinião de muitos eleitores, principalmente os que habitam a periferia. A contagem regressiva já começou, desde o último dia sete de outubro, portanto faltam 11 meses e oito dias para elegermos o nosso futuro prefeito.
Clotilde Holanda
O falecimento da professora Clotilde Holanda, ocorrido no último dia 20, deixa a cidade de Cajazeiras mais pobre no setor educacional. Mestra, durante décadas, da Escola Pedro Américo, educou gerações. Era uma das mais antigas assinante do GAZETA. Saudades, minha querida mestra.
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