A vida é, senão uma eterna busca

Por José Antonio – Na homilia do Natal de 2023, o Papa Francisco falou sobre a recordação do amor de Deus pela humanidade, de “Deus que nasce pequeno numa manjedoura para mudar a história”.
Então, a vida é uma eterna busca. A busca de Deus e do amor. Em todos os momentos das nossas vidas procuramos a felicidade, que se modifica a cada instante e em suas mudanças permanentes e intermináveis renovamos as esperanças na busca dela um dia ser permanente, interminável, renovadora e sem fim.
Neste mundo conturbado o que mais almejamos é a paz, não somente a do nosso universo espiritual, mas essencialmente entre os homens, e em especial os que detêm o poder de destruir através das armas. Os que buscam a paz são quase invisíveis diante de um universo descortinado de ódios, ganâncias pelo poder e ideologias.
Mas qual será a verdade que nos levará rumo à felicidade? Quem segue as palavras de Jesus ao proclamar: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”, dentro do nosso universo imaterial, atingiremos a plenitude da busca do pleno amor e conseqüentemente da felicidade?
Buscamos o amor, a felicidade e a paz, mas, e sem a busca da justiça, que é a essência mais profunda do ser humano, alicerçamos os pilares do amor, da felicidade e da paz? No julgamento de Jesus praticou-se a justiça? Essa resposta nos leva a uma profunda reflexão sobre o agir dos homens diante de um fato que mudou os caminhos da humanidade, já que o passado não se perde e muito menos desaparece como o orvalho das folhas ao amanhecer que no decorrer do dia evapora.
As nossas permanentes lutas sempre buscam ser justificadas pela peregrinação dos fatos passados, que vivem na memória e no legado dos antepassados. Quando estes são de sentimentos bons constroem-se melhores dias, quando são de rancores e ódios fazem-se as guerras fratricidas.
Amor, paz, justiça e solidariedade, são os caminhos que os homens buscam eternamente para alcançar a felicidade, mas porque nos deparamos no seio da sociedade com tanta violência e falta de humanidade? A miséria, num mundo tão rico, seria a causa com que nos deparamos com medos, incertezas e tanta violência?
Por onde anda a verdade? Eis a lição de Gandhi: “A Verdade ha-bita no coração de todo homem”, mas porque vivemos nos atuais dias num mundo de mentiras e leviandades patrocinadas pelas redes sociais?
Precisamos buscar um mundo cheio de perdão, de sossego, de ternura e sem egoísmo. Em quase meus oitenta anos de vida ainda mantenho uma leve chama interior, de esperança, que tento buscar na minha caminhada, com os olhos voltados para as palavras do papa Francisco, que melhores dias haverão de vir.
É preciso, que neste mundo tão pobre de esperança, sejam plantadas roseiras no coração deserto de cada ser humano e que elas floresçam no limiar do tempo exalando perfume de paz e felicidade.
Um feliz e abençoado Ano Novo para todos os meus queridos leitores, com muita paz no coração e que não deixem nunca de buscar os caminhos da felicidade e da paz.
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