Alternância de poder
As eleições em Cajazeiras nas últimas décadas, pelo menos as que tive a oportunidade de acompanhar, serviram para definir muito bem, que o eleitorado vem apostando em uma alternância de poder, desde quando elegeu Vituriano em 1988, prefeito, derrotando o esquema do ex-prefeito, Epitácio Leite, que na época apoiou o também ex-prefeito Chico Rolim. Lógico, todos os que chegaram como renovação tiveram os pontos negativos, mas também terminaram mostrando que a cidade precisa daquela mudança, com sangue novo e novas ideias. O fato é que uma parcela significativa do eleitorado de Cajazeiras se sente bem desafiando quem está no poder.
Na eleição seguinte, em 1992, o eleitor preferiu continuar a renovação, elegendo o vice-prefeito, Zerinho, prefeito de Cajazeiras. Epitácio, entretanto, volta ao poder no pleito seguinte, em 1996.
Em 2000, Epitácio, mesmo tendo direito à reeleição, prefere não arriscar uma disputa difícil de permanência no poder e apostou em um nome novo, no caso, o médico, filho da terra e recém-chegado à cidade, Carlos Antonio.
Carlos ainda conseguiu ser reeleito, com facilidade, em 2004, mas novamente o eleitor em 2008, apostou na mudança, elegendo o filho de Vituriano, Léo Abreu, que renunciou, assumindo o jovem vice-prefeito, Carlos Rafael, que não conseguiu em 2012, a reeleição e novamente, o ex-prefeito Carlos Antonio voltou ao poder, desta feita, por meio de sua esposa, Doutora Denise, que o substituiu na véspera da eleição.
Em 2016, o eleitor apostou novamente na alternância do Poder, não reelegendo Denise e apostando em um nome novo, apesar da longa trajetória política no legislativo estadual e federal, no caso, o médico, José Aldemir. Agora resta saber se o esquema de Carlos Antonio vai dar a volta por cima novamente em 2020.
CURTAS
*Zé Aldemir certamente ficou muito satisfeito com o resultado das negociações em torno das definições para o governo do Estado.
*Vituriano, além de renunciar a candidatura a deputado federal, que vai favorecer o candidato de Zé Aldemir a deputado federal, Agnaldo Ribeiro e ainda decidiu apoiar o mesmo candidato do prefeito, no caso, Lucélio Cartaxo.
*Por tabela, Aldemir e os vereadores Jucinério e Neguin que já tinham se antecipado a decisão do prefeito, anunciando apoio a Lucélio terminaram todos no mesmo barco.
*Mesmo assim, ainda existe algumas divergência dentro do grupo. Para deputado federal, por exemplo, Jucinério já antecipou que não vota no candidato do prefeito, Agnaldo Ribeiro. Mas a verdade é que o saldo foi extremamente positivo para o gestor.
*O PT, também estará em outro palanque, tendo em vista que a legenda fechou com a candidatura de João Azevedo para o governo. O partido que na eleição municipal apoiou Aldemir para prefeito, lógico, tem a professora Laureci Pena Forte, na secretaria das Mulheres.
*Será que pelo menos em Paula, esposa do prefeito e candidata a deputada estadual, a auxiliar vai votar?
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