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José Antonio

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Antonio Gonçalves Neto: um construtor da Educação

10/01/2022 às 17h49 • atualizado em 10/01/2022 às 17h50

Coluna de José Antonio. (Foto do professor Antonio Gonçalves Neto falecido no último dia 3).

Por José Antonio

Faleceu neste último dia 03, aos 68 anos de idade, o professor Antonio Gonçalves Neto, para os mais íntimos: simplesmente Toinho.

O conheci entre as paredes da FAFIC, que funcionava na Rua Padre Rolim: eu como professor de História, ele como secretário da instituição, e era diretor (1969/1979), padre Luís Gualberto de Andrade, que ao lado dele tinha ainda o datilógrafo Francisco Valdeberto de Lira e o tesoureiro Dulcílio Elias Ramos.

Eram os “garotos de ouro” do padre Gualberto. Toinho era o responsável por toda a correspondência da Fafic, até mesmo as confidenciais e primava pela sua apresentação, principalmente depois que padre Gualberto comprou a primeira máquina de datilografia elétrica para a instituição. Foi um dia de festa. O diretor, nem o secretario permitiam erros de língua portuguesa e muito menos letra rebatida.

Os três garotos de ouro concluíram seus cursos na FAFIC e no dia 1º de agosto de 1979, padre Gualberto os levou consigo para a Universidade Federal da Paraíba, CAMPUS V, desta vez, como professores, onde trabalharam por décadas, até se aposentarem.

Mesmo com o titulo de professor, tanto Toinho, quanto Dulcílio continuaram assessorando o padre Gualberto em seu pequeno período de diretor do CAMPUS V. Com a renúncia dele eu assumi a direção pro-tempore, para em seguida ser eleito diretor e passei mais quatro anos dirigindo o CFP.

Foi a partir de então que passei a conviver diariamente com o professor Toinho, conhecendo a sua capacidade, inteligência, prudência, sensatez, de saber ouvir, de encaminhar soluções e principalmente devido uma velha amizade alicerçada nas salas da FAFIC, o nomeie secretário do Campus e Dulcílio Elias para o Departamento de Pessoal.

Toinho foi o responsável pela elaboração de um documentário sobre a nossa gestão (1981/1984), quando era Reitor da UFPB, o professor Berilo Borba. Este documento mostra o grande crescimento do CAMPUS V, em número de professores, funcionários, espaço físico e da biblioteca. Foram quatro anos de muitas dificuldades financeiras, greves e de falta de água para manter o campus. Mas juntos, vencemos as barreiras e consolidamos o CFP e Toinho era o meu escudeiro, amigo, conselheiro.

Com conhecimentos profundos do CAMPUS V, depois de passar pela secretaria, foi eleito vice-diretor e diretor, de 1992 a 1994, quando a unidade de Cajazeiras era ligada a UFPB. Foi um excelente gestor.

Quando me aposentei, em 2015, após servir a Universidade por 36 anos, sem contar mais dez de sala de aula, em Recife e em Cajazeiras nos colégios Estadual Crispim Coelho, Dom Moisés Coelho e Polivalente Cristiano Cartaxo, sempre estive em contato com Toinho e quando nos encontrávamos, a nossa conversa era em torno da educação e principalmente para falar de nossos filhos, e ele, com muito orgulho, com os olhos marejados de lágrimas, falava de suas lindas filhas: Luciane e Liziane. Dr. Zé! Era assim que ele me tratava: minhas filhas vão muito bem!

Tenho muitas histórias, todas dignas de um grande cidadão e emérito educador para buscar na memória do tempo deste inesquecível amigo, colaborador e de um homem honrado, que prestou grandes e inumeráveis serviços a Cajazeiras, como educador e cidadão cajazeirense.

Diz Quintino Cunha: “O cearense nasce na fé, cria-se na esperança e morre na caridade”.

Adeus meu velho amigo.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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