Cajazeiras – cidade que mais cresce no interior da PB
Cajazeiras chega aos 155 anos de emancipação política, mostrando sua pujança. O município cresceu de forma extraordinária, vivenciando um verdadeiro “boom” na construção civil, inclusive, com o crescimento vertical, dando a cidade um semblante de capital; de cidade grande; e continua crescendo desde o momento em que resolveu investir na sua vocação: a educação – como vinha defendendo o empresário Alexandre Costa, aliás, antes da instalação dessas faculdades, o jornal Gazeta, por meio do editor da época, Josival Pereira e do seu diretor-presidente, o professor José Antonio de Albuquerque, um apaixonado por Cajazeiras e que vem dando uma enorme contribuição para o seu desenvolvimento, promoveu vários debates com classe política e empresarial, para discutir esses investimentos na educação; apostando na sua vocação, como aconteceu nas suas origens com a escolinha do padre Rolim, que a tornou famosa. Educação e religiosidade são as marcas da história de Cajazeiras: sua fundadora Mãe Aninha, era católica fervorosa.
De forma que, após várias décadas, praticamente estagnada, a cidade viveu nos últimos anos, uma fase de crescimento, com a instalação das faculdades São Francisco, Santa Maria e reinstalação da Fafic, além dos novos cursos que foram criados na UFCG e IFPB, como enfermagem, engenharia, arquitetura, direito, psicologia, fisioterapia, medicina e tantos outros.
Além da construção civil, embalada pelo programa Minha Casa Minha Vida, essas faculdades, que atraíram alunos de várias regiões do País também terminaram puxando outros setores da economia, como comércio, transporte, alimentação e lazer, gerando emprego e renda.
A paixão por Cajazeiras, por parte de alguns cidadãos e o envolvimento da sociedade civil organizada têm sido o diferencial de Cajazeiras nos últimos anos, resultando em muitas conquistas para a cidade. Lideranças empresariais, profissionais liberais e entidades de classe, como CDL, Rotary, Maçonaria foram fundamentais para essas conquistas, tema inclusive de artigos escritos em jornais de circulação estadual, como A União, Correio da Paraíba e O Norte.
Foi esse envolvimento que fez com que Cajazeiras conquistasse dois cursos de medicina; o nosso Aeroporto e não podemos esquecer desse grande cajazeirense, que mesmo não morando na cidade fez a doação de parte de sua propriedade para construção do equipamento tão importante para o nosso desenvolvimento, que foi o médico José Maria Moreira; também podemos citar o IML que era uma obra almejada pela cidade de Sousa, que também brigou pelo curso de medicina, juntamente com a cidade de Patos.
Na conquista do Curso de Medicina, outra personalidade que foi decisiva foi o então Reitor da UFCG, Thompson Mariz, que entendia que Cajazeiras reunia as melhores condições e não mudou de opinião, mesmo diante de toda pressão das cidades que veio de todos os lados; A transformação do Hospital Infantil em Hospital Universitário também foi um avanço.
Entre essas personalidades não podemos esquecer do próprio Alexandre Costa, Rubismar Galvão, professor José Antonio, Frassales, Raimundo Júnior, que cobravam do governador e dos nossos deputados e senadores a destinação de recursos, inclusive, chegando a motivar a criação do Movimento dos Amigos de Cajazeiras, que hoje, infelizmente, está disperso.
Cajazeiras chega aos 155 anos, com investimentos importantes, fruto dessa ação da sociedade civil organizada e também, lógico, do empenho da nossa classe política, como o Leblon (revitalização da parede do Açude Grande); o recapeamento asfáltico; os 300 apartamentos populares; a nova Ciretran; a sede do Sest-Senat; a Avenida Donato Braga (Estrada do Amor); a Escola Técnica Estadual; ampliação e modernização do Teatro Ica e se Deus quiser, o novo HU, mais precisa se reinventar e continuar sua trajetória de crescimento.
Com a chegada das águas do São Francisco, esperamos que Cajazeiras também gere emprego e renda também com a agricultura irrigada; a piscicultura, que fábricas sejam abertas ou reabertas e com o turismo, aliás o município tem uma bela história, além de pontos turísticos importantes que poderiam ser melhor aproveitados; pelo menos já temos o embrião do nosso museu e uma efervescência na área cultural, afinal, somos conhecidos com terra da cultura e terra que ensinou a Paraíba a ler.
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