header top bar

Radomécio Leite

section content

Cajazeiras de braços cruzados

14/07/2011 às 19h30

Os lideres cajazeirenses estão encurralados e amordaçados pelas páginas do Diário Oficial do Estado. Por enquanto é a única leitura que os interessa e o único som que querem ouvir, porque a voz já rouca das ruas, não os tem interessado e nem despertado suas atenções.

Há poucos dias atrás o governador do Estado, Ricardo Coutinho, esteve na cidade de Patos e a cobriu de obras, dentre elas um Hospital para tratar pessoas portadoras de câncer. E eu fiquei a me indagar por que esta obra não foi destinada para Cajazeiras, quando os habitantes daquela região do Estado já tinham um bem próximo, o de Campina Grande? Será que Cajazeiras, com seus vários cursos na área de saúde, incluindo o de medicina, não seria a cidade ideal para construir este hospital?

Diante deste fato, não se ouviu nenhuma voz destoante ou pedinte.No último domingo, dia dez, na cidade de Sousa, mais uma vez o governador a visita e anuncia também várias obras, dentre elas a construção de uma escola de nível médio, destinada a instalação de cursos profissionalizantes, no valor inicial de sete milhões de reais. Os sousenses comemoravam o dia da cidade, que por sinal é a mesma data da criação da cidade de Cajazeiras: 10 de julho, que nós cajazeirenses não a comemoramos.

Diante deste fato, Cajazeiras silencia e só assiste a distancia
Uma obra que o governo do estado vem realizando em nossa cidade se arrasta desde o governo de Cássio, passou pelo de Maranhão e caminha em passos tão lentos que, talvez, os nossos netos possam vê-la concluída: o Aeroporto. Ainda falta muito, mas muito mesmo para reconquistarmos a linha aérea que perdemos na década de 60, nem cercado ainda está.

Diante deste fato, Cajazeiras fica a ver aviões e olhando para os céus esperando milagre. Uma Unidade de Pronto Atendimento – UPA, que no apagar das luzes do governo Maranhão III, foi festejado como uma grande conquista para a cidade resta apenas o terreno cercado com tábuas e não foi sequer colocada uma pá de cal em seus alicerces.

Diante deste fato, Cajazeiras agoniza de dores esperando ser atendida. O Hospital Regional de Cajazeiras que poderia ser a grande guarida e amparo para curar as nossas enfermidades se arrasta lentamente com as implantações de várias especialidades e a contração de mais médicos e instalações de novos equipamentos e o funcionamento total dos blocos cirúrgicos, não avança. E os pobres agonizam sem assistência.

Diante deste fato, o que existe de melhor é uma ambulância de Cajazeiras para Campina Grande/João Pessoa, com o silêncio e o consentimento de todos nós. E o Instituto de Medicina Legal vai sair do papel? Quando será que vai acabar o sofrimento das famílias que têm que enviar os seus defuntos para Patos/Campina Grande para fazer necropsia e obter um atestado de óbito para poder sepultar seus mortos?

Diante deste fato, Cajazeiras se torna uma cidade aonde a caridade cristã não existe e muito menos respeito às dores dos que perdem seus entes queridos. Enquanto ocorre tudo isto, a cidade está de braços cruzados e nossas elites não permitem um pacto além de seus interesses.

Repercussão
O escritor cajazeirense, radicado no Recife, Luis Carlos, filho de Dr. João Izidro, foi motivo de uma noticia na coluna do renomado escritor Gaudêncio Torquato (filho da cidade de Luis Gomes-RN), no jornal O Estado de São Paulo, no último dia 13 de julho, que transcrevo:

“O grito do Capibaribe
O psiquiatra e escritor Luiz Carlos Albuquerque acaba de lançar em Pernambuco o segundo livro voltado para o público jovem. O primeiro, "A Guerra dos Bichos", está na sétima edição e mais de quarenta mil exemplares, fazendo parte de programas MEC e Secretaria de Educação de São Paulo. No recém-lançado "Batra, o Sapo", o autor”. conta as peripécias de um espécime que nasce no interior de Pernambuco junto aos olhos dágua que dão início ao rio Capibaribe e sente que acompanhar o rio até o mar será o seu destino, a jornada de sua vida. O longo percurso é feito de lenda, ação, humor, perigos e aprendizagem. O sapo é também um animal político.”

 

Radomécio Leite

Radomécio Leite

Contato: [email protected]

Radomécio Leite

Radomécio Leite

Contato: [email protected]

Recomendado pelo Google: