Cajazeiras de braços cruzados 6

Foi um dia festivo o 17 de junho de 1978, data em que o governador Ivan Bichara Sobreira, entregava ao povo de Cajazeiras o Centro Administrativo, situado na Avenida Comandante Vital Rolim. O Banco do Estado, a Saelpa e a CAGEPA ganhavam novas e modernas instalações.

Neste mesmo dia foi também inaugurado, solenemente, o Fórum Ferreira Júnior, projetado para ter plena funcionalidade e capacidade pelos próximos trinta anos. Passaram-se 33 anos. Hoje, o nosso Fórum está com sua estrutura defasada e em condições precárias para funcionar e operar com segurança os trabalhos do Judiciário de nossa cidade.

Diante desta situação, no ano de 2009, o então diretor do Fórum, o Juiz Judson Kildere fez ver ao Tribunal de Justiça da Paraíba e a sociedade cajazeirense da necessidade da construção de um novo Fórum e da elevação da comarca de 2ª para 3ª entrância. Uma luta foi iniciada neste sentido.

Lideranças políticas e representantes de entidades de Cajazeiras e da Região estiveram reunidas no dia13 de agosto de 2009, com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba. Na oportunidade, foi entregue um documento assinado por diversas representações solicitando a elevação da Comarca de Cajazeiras de 2ª para 3ª Entrância.

Nesta mesma reunião foi discutida a necessidade de se construir um novo Fórum com maior espaço no município de Cajazeiras. Imediatamente o prefeito Léo Abreu se comprometeu em doar um terreno para a construção, sendo elogiado pelo presidente do TJ que garantiu: “já no próximo ano iniciar a obra”. Para isso, uma equipe faria um levantamento do local e já iniciaria o projeto do novo Fórum de Cajazeiras que contaria com uma estrutura arquitetônica moderna.

O juiz Judson Kildere fez intervenções junto à sociedade civil organizada de Cajazeiras, em face da demora da doação do terreno por parte do prefeito Léo Abreu e diante das circunstancias e na eminência de perdermos o investimento, o prefeito fez a doação de 10 mil metros quadrados de área, ao Leste da cidade, na localidade denominada de Sítio Carrancudo, onde estava sendo feito um novo loteamento na cidade.

A luta continuou e no ano de 2010, no mês de maio, o Juiz Judson Kildere chegou a anunciar que o desembargador-presidente José Sílvio Ramalho Júnior iria “iniciar as obras ainda este ano”, de forma que a construção teria continuidade na gestão do futuro presidente, Luís Ramalho Júnior, devendo a conclusão acontecer em 2011.

Cajazeiras e seus líderes não souberam aproveitar a disposição e a luta do Juiz Judson Kildere e da boa vontade do desembargador Silvio Ramalho em dotar a nossa cidade de um novo fórum. Mudou a direção do fórum, mudou o presidente do Tribunal de Justiça e nós cajazeirenses “entregamos os pontos”.
A cidade precisa se mobilizar de novo e voltar ao Tribunal de Justiça e saber do atual presidente qual o destino que o mesmo vai dar ao terreno doado pelo povo de Cajazeiras com o objetivo de construir o novo fórum.

Não nos interessa, neste momento, quais os motivos que impediram o inicio da obra, mas o que realmente importa é encontramos soluções e saídas para a efetivação da obra e que caminhos deveremos trilhar para não perdermos este importante equipamento, além da elevação da Comarca de Cajazeiras para 3ª Entrância.

A cidade precisa descruzar os braços e iniciar uma nova luta e ir buscar os investimentos na ordem de seis milhões de reais para construir o fórum e conseqüentemente ganharmos as condições para a elevação da Comarca para a 3ª Entrância. Acorda Cajazeiras.

Sete Candeeiros
O blog do Dr. Dirceu, o famoso “Sete Candeeiros” tem se constituído não somente num instrumento de congraçamento dos e entre os cajazeirenses, mas também num espaço precioso para divulgar o que de bom, belo e bonito a nossa cidade possui.
 

Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.

Radomécio Leite

Contato: [email protected]